Início da colheita e baixa liquidez pressionam os preços do milho no mercado brasileiro
Depois do mercado mais firme em abril, os preços do milho voltaram a cair em maio no país, com o início da colheita da segunda safra 2016/2017 e baixa liquidez do mercado.
A pressão de baixa é maior na região Centro-Oeste, em especial em Mato Grosso, maior produtor nacional de milho de segunda safra.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na região de Campinas, em São Paulo, a saca de 60 quilos fechou maio cotada em R$26,50, para a entrega imediata, sem o frete, frente a negócios entre R$27,00 e R$28,00 por saca em abril.
Em relação à média de abril, o preço caiu 4,7%. Na comparação com maio de 2016, o recuo foi de 48,0%.
Nos primeiros dias de junho, a referência se manteve em R$26,50 por saca de 60 quilos na região em questão.
Em curto e médio prazos, o avanço da colheita da segunda safra e a maior disponibilidade interna deverão manter a pressão de baixa sobre os preços do milho no mercado interno. Os menores valores estão previstos para setembro/17.
De qualquer maneira, a ponta vendedora menos disposta a negociar o cereal nos atuais patamares de preços têm limitado as quedas.
Por fim, outras variáveis que podem impactar os preços do milho no mercado brasileiro são: o comportamento do clima nos Estados Unidos (semeando a safra 2017/2018) e no Brasil (colheita da segunda safra) e a questão do dólar mais alto, que pode impactar nas exportações, em especial no segundo semestre, dando sustentação ao mercado.