Sem rumo, futuros do milho em Chicago sobem à espera de liquidação ou novidades na segunda

Publicado em 02/06/2017 17:32
Na semana, a novidade no mercado interno brasileiro foram as primeiras mexidas nos preços, para baixo, com a chegada das primeiras colheitas da safrinha em algumas regiões.

O fechamento das operações futuras com o milho na Bolsa de Chicago (CBOT) não mudaram de lugar com o que veio ocorrendo ao longo dia nesta sexta-feira (2). A sessão fechou em leve alta, sem apoio em fundamentos firmes, com os investidores jogando para segunda-feira a possibilidade de realização de lucros.

E também com poucos negócios.

O bushel julho cotado a US$ 3,72, o setembro a US$ 3,80 e dezembro a US$ 3,91, com variações de 1,75 a 2,25 pontos.

Para não se mostrarem totalmente sem bússola como ficou patente na quinta - “os investidores estão balançados, sem saber como se virarem em relação aos negócios, por incerteza sobre a safra”, destacou um analista ao site Agriculture -, podem ter se apegado ao relatório do banco Societé Generale, com expectativas pouco mais pessimistas para o milho americano, quanto à produtividade e viabilidade de replantio em algumas áreas.

Mais ou menos em linha com o relatório de plantio do USDA, do começo da semana, que mostrou condições de lavouras do milho aquém do que se esperava e aquém da média de 2016.

Ontem também parecia que a oferta da safrinha brasileira chegando teria batido em Chicago, mas como ainda a colheita não avançou igualmente não teve força, tanto que neste último dia da semana nem entrou no horizonte de Chicago.

O balanço da semana (26/6 a 2/6) na bolsa americana, preparado pelo economista André Lopes, de Notícias Agrícolas, mostra quedas marginais em todos os contratos, certamente em decorrência do firme recuo em seguida ao relatório de plantio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, divulgado na terça. Siga o gráfico abaixo.

 

Mercado físico

Apesar da relativa parada nos negócios nesta sexta, tradicionalmente dia fraco, com apenas Sorriso voltando ao patamar de R$ 12,50/saca, depois de bater em R$ 10,00, a semana foi marcada por algumas mexidas.

A safrinha fez os preços variarem para baixo em Cascavel, a R$ 20,00, e em algumas cidades do Mato Grosso, como Rondonópolis (R$ 18,00), Tangará da Serra (R$ 18,00) e Primavera do Leste (R$ 17,00), que perderam de R$ 0,50 a R$ 2,00 na saca.

Abaixo balanço das praças pesquisadas por Notícias Agrícolas.

 

BM&F Bovespa

As operações na bolsa paulista também estiveram sem norte nesta sexta. Abriu em leve alta e fechou em leve baixa no contrato de julho – em estabilidade. Tentaram pegar carona em Chicago e no dólar um pouco reforçado e terminaram refletindo o começo da entrada do milho de inverno fluindo mais a oferta.

O contrato de setembro ficou em menos 0,04%, a R$ 26,76, e o setembro mais 0,11%, a R$ 27,35.

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Por: Giovanni Lorenzon
Fonte: Notícias Agrícolas

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