Milho: Chicago continua no positivo e também sem indicadores firmes de sustentação

Publicado em 02/06/2017 15:02

Na reta final do dia nos mercados futuros de Chicago (CBOT), os negócios com o milho se sustentam com pequenos ganhos, variando de 2 a 2,5 pontos na tarde (15hs) desta sexta (2), mas o mercado continua sem um farol claro que os sustentem, como vem prevalecendo desde a abertura da bolsa eletrônica.

As cotações estavam em US$ 3,23/julho, US$ 3,81/setembro e US$ 3,91/dezembro.

Como ontem, quando analistas ouvidos pela Agriculture mostravam que os investidores testam qualquer possibilidade para o complicado comércio de papéis do cereal nos últimos meses, nesta última sessão da semana não está sendo diferente.

Pode estar sendo refletido de tudo um pouco – e nada com fundamento suficiente consistente, a ponto de na Farm Futures e na Agrimoney niguém arriscar palpites.

Já entrou no horizonte o relatório das agências de combustíveis mostrando bons resultados para o etanol de milho (produção, vendas e estoques); parece não ter pesado a saída dos Estados Unidos do Acordo do Clima de Paris, que em tese pode fazer com que venha exigências menores para o consumo de etanol no mercado americano, arrastando o milho; e tampouco o relatório do USDA, sobre exportações, vem influindo, pois mostrou exportações semanais (412 mil/t) dentro do esperado, ainda que no acumulado ano maiores que em 2016.

E surgiu também, no final da manhã, nos Estados Unidos, reporte do banco Societe Generale, com expectativas pouco mais pessimistas para o milho americano, com produtividade ligeiramente menor por acre (168,5 bushels), em comparação com a estimativa do USDA (170). E ainda o analista-chefe da instituição disse que a replantação poderia ser restringida em área de milho altamente impactadas dias atrás.

Mas ainda não está claro se essa visão do SocGen está pesando até aqui - ou venha a pesar mais.

São Paulo

Na BM&F Bovespa, mesmo com o dólar em leve alta – 0,31%, R$ 3,25 – o contrato de setembro virou para um recuo marginal de 0,04%, a R$ 26,72.

O futuro de novembro, no outro lado, a mais 0,73%, R$ 27,50, refletindo certamente a entressafra.

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Por: Giovanni Lorenzon
Fonte: Notícias Agrícolas

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