Milho: Safrinha entrando já movimenta mais preços no físico e pode ter batido em Chicago
No Brasil a safrinha pressionando mais o físico em algumas regiões produtoras e na Bolsa de Chicago (CBOT) os contratos de milho com cara de que sentiram a oferta brasileira chegando e a liquidação dos ganhos de ontem. Foi o quadro da commodity nesta quinta (1).
Os futuros na bolsa americana abriram o dia em alta, ameaçaram uma baixa considerável, e depois perderam fôlego, com as cotações em recuo menor. A variação foi de 1,5 ponto no julho, a US$ 3,70, a mesma queda pontuação no setembro, a US$ 3,78, e de menos 1,75 no novembro, a US$ 3,89.
Ainda pesou um pouco, segundo os informes da Farm Futures e outras agências eletrônicas especializadas na cobertura do CME Group, as incertezas quanto ao desempenho da safra do cereal nos Estados Unidos, com alguma área por replantar e condições de qualidade pouco menores.
Os especuladores também acresceram nos fundamentos a greve dos funcionários públicos alfandegários argentinos, que pode atrapalhar os embarques, e enxugar um pouco do milho do mercado, mesmo que de alcance pontual.
Físico
Em Cascavel, o milho balizado no Oeste Paranaense perdeu 2,44%, cotado a R$ 20,00.
E no Mato Grosso, ainda de acordo com o levantamento do economista André Lopes, do Notícias Agrícolas, depois de Sorriso ter perdido 20% na saca ontem (R$ 10,00), hoje foi a vez de Rondonópolis com -10% (R$ 18,00), Tangará da Serra com -5,26% (R$ 18,00) e Primavera do Leste com recuo de 2,86% (R$ 17,00).
Há expectativa de que os negócios travados por semanas a fio comecem a se movimentar, com os compradores voltando às praças devagar. Ou, no limite, aguardando a colheita de inverno encorpar e esperarem novas e maiores baixas.
São Paulo
Na BM&F Bovespa, a quinta foi marcada pelo contrato de julho com alguma pressão altista, mesmo que marginal, sustentada pelo dólar mais fortalecido - mais 0,64%, R$ 3,24 - mas os agentes saíram do mercado.
Possivelmente também com as boas notícias da colheita do milho de inverno.
O contrato julho virou para negativo em 1,5%, R$ 26,20, o setembro -0,48%, R$ 26,72, e o novembro menos 1,66%, R$ 27,32.