Milho em Chicago sobe até 5,25 pontos e o julho na BM&F Bovespa cai mais de 4%
Os fundos diminuíram o ritmo e deixaram o milho no mercado futuro de Chicago (CBOT) com altas pouco menores do que as verificadas no início da tarde desta quarta (31), quando os contratos variaram acima de 6 pontos.
Julho, setembro e dezembro fecharam com variações de 5 a 5,25 pontos, valendo o bushel, respectivamente, US$ 3,72, US$ 3,80 e US$ 3,91.
Os negócios ficaram atrelados aos fundamentos transpirados pelo relatório do USDA de ontem, dando conta do avanço do plantio, para 91% (contra 84% da semana anterior), mas com as condições das lavouras em boas e excelentes na casa dos 65%, abaixo dos 70 a 72% que era a ideia do mercado.
Também ainda foi reportado o risco de haver alguns produtores que migrem para a soja. E o site especializado Agriculture lembrou: “Uma ampla faixa de terra que se estende do norte do Kansas, através do norte do Wisconsin, viu uma grande quantidade de precipitação nos últimos 14 dias, assim como um trecho do nordeste do Texas e em Ohio, de acordo com o National Weather Service. Isso manteve os fazendeiros fora dos campos”.
Futuro Brasil
Na BM&F Bovespa, o milho julho vinha sem negócios ao longo desta quarta, mas acabou fechando em baixa de pouco mais 4%, a R$ 26,60, puxado pelo cereal de inverno que entrará quase no seu pico.
O dólar em recuo de 0,78, trocado por R$ 3,23, igualmente não deu sustentação aos interesses de potenciais compradores.
Os futuros de setembro e novembro ganharam pouca coisa: 0,45%/R$ 26,90 e 0,33%/R$ 27,78.
Mercado físico
Ainda se ressentindo de negócios da mão para boca, apenas atendendo necessidades mais urgentes de compradores, e ainda pequenos, em pequenos lotes que não ajudam a formar preço.
A AgRural, de Curitiba, por exemplo, viu como referência no Paraná “a ideia de comprador de milho spot em Cascavel esteve em R$ 24,00”.
Em Paranaguá, um pequeno acréscimo sobre os 28,00 da terça, fechando em 29,00, provavelmente mais condicionado aos negócios no mercado internacional balizados pela Bolsa de Chicago que ficaram sempre na ponta comprada.
No Mato Grosso, a pressão da safrinha entrando na região de Sorriso derrubou em 20% a saca, cotada na porteira a R$ 10,00.