Com foco na safra dos EUA, milho amplia quedas ao longo da sessão desta 3ª feira em Chicago

Publicado em 23/05/2017 12:43

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho ampliaram as perdas ao longo da sessão desta terça-feira (23). Às 12h14 (horário de Brasília), as principais posições da commodity testavam quedas entre 2,75 e 3,25 pontos. O julho/17 operava a US$ 3,72 por bushel, enquanto o setembro/17 trabalhava a US$ 3,79 por bushel, já o dezembro/17 era negociado a US$ 3,89 por bushel.

As atenções dos participantes do mercado permanecem na evolução do plantio da nova safra americana, conforme ponderam as agências internacionais. Ainda no final desta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou a semeadura do grão completa em 84% da área prevista para esse ciclo.

O índice ficou dentro das projeções dos investidores, entre 82% e 87%. Até a semana anterior, cerca de 71% da área estimada para essa safra já havia sido cultivada, ainda segundo os dados oficiais.

Apesar do avanço nos trabalhos nos campos, o mercado ainda observa o clima em algumas regiões. O portal Farm Futures divulgou que o excesso de umidade no solo continua a ser um problema em Michigan, Wisconsin, Pensilvânia, Colorado e Kansas.

Também há preocupações em relação às áreas de replantio, de acordo com o boletim reportado pela Granoeste Corretora de Cereais. "Muitas áreas semeadas em fins de abril e início de maio sofreram com chuvas torrenciais e frio intenso que ocorreram nos dias que se seguiram ao plantio", destacou a corretora.

De acordo com dados do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - nos próximos 8 a 14 dias, boa parte do Corn Belt ainda deverá receber chuvas acima da média. Já as temperaturas deverão permanecer dentro da normalidade em grande parte da área de produção.

BM&F Bovespa

Enquanto isso, na BM&F Bovespa, as cotações do cereal também trabalham em queda nesta terça-feira (23). Perto das 12h06 (horário de Brasília), as primeiras posições do milho recuavam entre 0,82% e 1,38%. O setembro/17 trabalhava a R$ 27,25 a saca. Apenas o janeiro/17 subia 0,17%, negociado a R$ 29,85 a saca.

Além da influência do mercado internacional, as cotações futuras do milho também são pressionadas negativamente pela queda registrada no dólar. Às 12h30, a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,2643 na venda, com perda de 0,36%.

Conforme reporte do site G1, a moeda recua após subir nos últimos dias frente às denúncias envolvendo o presidente Michel Temer e também dos esforços do governo para solucionar a crise política.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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