Preços baixos preocupam produtores de milho
Preços baixos com perspectivas de cotações ainda menores no decorrer dos próximos meses. Pelo menos essa é a avaliação que os produtores mato-grossenses fazem nesse momento quando falam da atual safra de milho, a safrinha, que está em pleno desenvolvimento nas lavouras. Com perspectivas de uma supersafra, com produção recorde - acima de 26,5 milhões de toneladas, o que superaria o volume histórico do ciclo 2012/13 – o mercado emite sinais de pressão de baixa sobre as cotações, e a fatura que poderia ser motivo de celebração, depois de um 2016 de perdas, 2017 que poderia ser a redenção, passa a ser motivo de preocupações.
Essas impressões foram extraídas pelas equipes do Circuito Tecnológico Etapa Milho, evento realizado durante toda essa semana pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja/MT). Mato Grosso é o maior produtor de milho do país e atinge essa marca apenas com a produção de segunda safra.
A perspectiva para a finalização da safra de milho em Mato Grosso não é boa, pelo menos no que diz respeito ao preço dos grãos. A maioria dos agricultores entrevistados se mostrou pessimista.
Conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em média, o mês de abril vai fechando com a cotação do cereal em torno de R$ 15,45 por saca, contra R$ 20,12/sc na mesma época no ano passado.
“A expectativa é de que os preços baixem. Não vamos ter a remuneração do passado, ainda mais com a safra cheia que está se desenhando”, diz Claudio de Bortoli Vibraleto, agricultor em Campo Verde (138 quilômetros ao sul de Cuiabá/MT). Ele foi um dos mais de 200 entrevistados pelas equipes técnicas do Circuito.
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