Milho tem dia de movimentação técnica e fecha sessão desta 2ª feira próximo da estabilidade na Bolsa de Chicago

Publicado em 27/03/2017 18:01

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta segunda-feira (27) com ligeiras perdas, próximos da estabilidade. As principais posições do cereal exibiram quedas entre 0,25 e 0,50 pontos. O vencimento maio/17 era cotado a US$ 3,55 por bushel, enquanto o julho/17 era negociado a US$ 3,63 por bushel.

Os preços permanecem com a movimentação técnica no mercado, conforme destacam as agências internacionais. Por outro lado, a perspectiva de uma grande safra na América do Sul, o que pode afetar as exportações americanas, também continua como um fator de baixa aos preços da commodity.

Em contrapartida, os embarques semanais de milho, reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ficaram acima das expectativas dos investidores. Até a semana encerrada no dia 23 de março, os embarques do cereal somaram 1.556,091 milhão de toneladas.  As expectativas dos investidores estavam entre 1,2 milhão a 1,5 milhão de toneladas.

Outro fator que também está no radar dos investidores é a safra americana. Na próxima sexta-feira (31), será reportado o primeiro boletim de intenção de plantio nos EUA e a perspectiva é que haja uma redução na área destinada ao cultivo do grão no país.

"Essa redução já está precificada pelos participantes do mercado, mas o USDA sempre pode nos surpreender", destaca o consultor de mercado da França Junior Consultoria, Flávio França Jr. A partir de agora, o plantio da nova safra americana, que se concentra entre os meses de abril e maio, estará no radar dos investidores.

Mercado brasileiro

Enquanto isso, no mercado brasileiro, o início da semana foi de perdas em algumas praças. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o preço cedeu 13,73% em São Gabriel do Oeste (MS), com a saca a R$ 22,00. Já na região de Unaí e Paracatu, em Minas Gerais, as cotações caíram 6,67%, com a saca a R$ 28,00.

Em Ubiratã (PR), o recuo ficou em 4,55%, com a saca a R$ 21,00. Ainda no estado paranaense, em Londrina e Cascavel, a queda foi de 2,27%, com a saca a R$ 21,50. Na localidade de Uberlândia (MG), a saca fechou a segunda-feira a R$ 27,00, com perda de 3,57%.

Além da precificação da oferta, o mercado brasileiro também sentiu os impactos da Operação Carne Fraca, cenário que já tem sido registrado desde a última semana. "As cotações do milho caíram ainda mais na última semana, tanto no spot como no mercado a termo, pressionadas pelos impactos da operação Carne Fraca nos mercados interno e externo – uma possível redução na produção de proteína animal poderia limitar a demanda por milho para ração, o que elevaria o excedente do cereal no Brasil", reportou o Cepea neste início de semana.

Em meio a esse quadro, França destaca que será preciso exportar mais milho nesta temporada para enxugar o excedente da oferta no mercado doméstico. A grande preocupação dos analistas nesse instante é em relação ao comportamento cambial, que pode ou não ajudar os embarques. Para essa temporada, as estimativas oficiais apontam para exportações próximas de 30 milhões de toneladas.

BM&F Bovespa

O início da semana foi de recuperação aos preços do milho praticados na bolsa brasileira. As principais posições da commodity exibiram valorizações entre 1,72% e 2,41% nesta segunda-feira. O vencimento maio/17 era cotado a R$ 28,40 a saca e o setembro/17 a R$ 27,76 a saca.

As cotações esboçaram uma reação depois das recentes quedas registradas. Além disso, a moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,1294 na venda, com alta de 0,68%. De acordo com dados da Reuters, o mercado repercute a derrota do presidente Donald Trump na votação de um projeto de lei para revisar o sistema de saúde nos EUA.

Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:

>> MILHO

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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