Vendas semanais dão suporte e milho consolida 3º pregão seguido de valorização na Bolsa de Chicago

Publicado em 16/03/2017 17:44

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram a sessão desta quinta-feira (16) com ligeiras altas. As principais posições da commodity subiram pelo terceiro dia seguido e encerraram o pregão com ganhos de 2,50 pontos. O vencimento maio/17 era cotado a US$ 3,66 por bushel, enquanto julho/17 operava a US$ 3,73 por bushel. O setembro/17 finalizou o dia a US$ 3,80 por bushel.

De acordo com dados do site internacional Agrimoney.com, as cotações foram sustentadas do otimismo observado no mercado macroeconômico. "O comércio de hoje é um reflexo do macro mais firme e o dólar mais fraco que acabou dando suporte", destacou o Kim Rugel, em Benson Quinn Commodities.

Além disso, o mercado também encontrou suporte nos números das vendas para exportação, conforme reportou o site Farm Futures. Na semana encerrada no dia 9 de março,  as vendas de milho dos EUA somaram 1.473,5 milhão de toneladas, segundo relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgado nesta quinta-feira.

O volume ficou acima do esperado pelos investidores entre 700 mil toneladas a 1,2 milhão de toneladas. Do total, foram 1.255,4 milhão da safra velha e mais 218,1 mil da nova. O México foi o principal comprador do cereal americano.

No acumulado da temporada, as vendas de milho totalizam 45.404,8 milhões de toneladas. No mesmo período do ano anterior, o volume estava em pouco mais de 30 milhões de toneladas. Assim, já há 80,3% do total estimado para ser exportado - 56,52 milhões de toneladas - comprometidos.

Ainda no quadro fundamental, a nova safra norte-americana continua no radar dos participantes do mercado e, segundo os analistas, deve ser o foco a partir de agora. Do mesmo modo, o foco também está direcionado à safra da América do Sul, especialmente no Brasil.

No caso da Argentina, a Bolsa de Grãos de Buenos Aires manteve a sua projeção para a safra de milho nesta temporada 37 milhões de toneladas. Com 10% da área plantada colhida até o momento, a entidade destacou produtividades acima do esperado.

Mercado brasileiro

Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o preço do milho cedeu nesta quinta-feira nas praças de Goiás. Em Jataí e Rio Verde, a queda foi de 3,85%, com a saca do cereal a R$ 25,00. Em Rio do Sul (SC), o valor registrou a mesma queda, com a saca também a R$ 25,00.

Já em Não-me-toque (RS), a desvalorização foi de 2,27%, com a saca a R$ 21,50. Em Panambi, ainda no estado gaúcho, a perda ficou em 2,18%, com a saca a R$ 21,54. Na região de Campinas (SP), o preço cedeu 1,42%, com a saca R$ 34,60.

Por outro lado, a cotação subiu 3,03% em Luís Eduardo Magalhães (BA), com a saca a R$ 34,00. Em Sorriso (MT), a valorização foi de 2,70%, com a saca a R$ 19,00. No Porto de Paranaguá, o preço futuro permaneceu estável em R$ 29,50 a saca.

Ainda conforme reportam os analistas o mercado segue sem novidades. "O ritmo dos negócios continua lento e com pressão de baixa do lado dos compradores", reportou o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze em seu comentário diário de mercado.

Enquanto isso, na BM&F Bovespa os futuros do milho finalizaram o pregão desta quinta-feira (16) com ligeiras movimentações. As primeiras posições da commodity acumularam perdas entre 0,16% e 0,17%. O vencimento maio/17 era cotado a R$ 30,65 a saca. Apenas o novembro/17 apresentou leve alta, de 0,67%, cotado a R$ 30,00.

Além de Chicago, as cotações acompanham a movimentação cambial. O dólar encerrou o dia a R$ 3,1155 na venda, com ganho de 0,14%. Segundo a Reuters, o movimento é decorrente "do fluxo comprador após a moeda norte-americana cair abaixo de 3,10 reais mais cedo ainda repercutindo a sinalização da véspera do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, de que não haverá altas adicionas de juros neste ano além das esperadas".

Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:

>> MILHO

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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