Milho: operadores se agarram a um discurso pouco claro de Trump quanto ao biocombustível e forçam alta na CBOT
O discurso do presidente Donald Trump no Congresso dos Estados Unidos não ofereceu uma sinalização concreta sobre a política de combustíveis renováveis, mas deixou pistas de que haverá um favorecimento ao milho americano (bem como à soja) quanto aos impostos na fabricação de etanol. Pendurado nesse fator, mais fortemente, o cereal partiu a manhã negociado em alta nos futuros da Bolsa de Chicago (CBOT), de 2,50 a 3,50 pontos nos principais contratos.
Às 9h45 (horário Brasília), desta quarta (1), o bushel de março estava em US$ 3,70, o maio a US$ 3,76 e o julho a US$ 3,84.
Em despacho da Reuters, relatado no portal Agriculture/Successful Faming, a Associação Americana de Combustíveis Renováveis manteve sua declaração, de ontem, de que aposta no apoio do governo a setor, mesmo depois do discurso presidencial.
Trump também delineou seu foco de atenção para os lados da China, dando a entender que combaterá o protecionismo de lá com o protecionismo americano. Mas não há evidência de que isso ainda tenha tido algum impacto sobre o milho nesta primeira parte da jornada desta quarta em Chicago.
BM&F Bovespa
Com garantia de uma boa safra de milho, de verão e de inverno, mais a amenizada no clima que favorece a colheita e o plantio, não haveria motivos para os futuros em São Paulo subirem nesta manhã.
Há, portanto, o apoio do discurso de Trump aos traders daqui. Assim, o março estava, às 9h45, em R$ 34,60, +0,26, e o maio, a R$31,40, com ala de 0,32%.