Milho fecha em alta na CBOT, com influência de rumores na mudança de uso de biocombustíveis
O mercado do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou o dia com leves altas nos principais vencimentos, motivadas, a princípio, pela expectativa em uma mudança no consumo de biocombustíveis por parte dos Estados Unidos, o que pode ser anunciado por Donald Trump na noite desta terça-feira (28).
O vencimento março/17 encerrou com alta de 6,50 pontos, a US$3,66/bushel. Já o vencimento maio/17 teve alta de 5,50 pontos, a US$3,73/bushel. Os vencimentos julho/17 e setembro/17 encerraram com alta de 5,25 pontos, a US$3,81/bushel e US$3,87/bushel, respectivamente.
O analista de mercado Daniel Flynn, da Strategie Grains, aponta que a grande expectativa em torno do discurso de Donald Trump para o mercado do milho está nas possíveis mudanças que poderão ser anunciadas esta noite por Trump em relação às regulamentações da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), que no ano passado aumentou sua estimativa de uso de biocombustível para este ano.
Já Matheus Pereira, da AgResource, aponta que o mercado se encontra agitado e com alto nível de especulação, o que é chamado de Turn Around Tuesday na CBOT. Com fundos cobrindo posições vendidas durante o mercado noturno, houve um efeito de inércia na abertura desta manhã, entretanto, há um "movimento muito forte e especulativo em resposta aos rumores de que a administração de Trump estaria perto de uma ordem executiva direta ao mandato do Programa de Combustíveis Renováveis (RFS). Entretanto, não passaram de rumores", diz o analista.
No fechamento de segunda-feira (27), Pereira também destacou que há um risco climático sobre a produção brasileira que não pode ser deixado de lado. "Safrinha no Brasil ainda tem um risco muito alto, porém os mapas climáticos já mostram um padrão bem favorável à produção", apontou o analista.