Na CBOT, milho amplia perdas nesta 2ª feira com incertezas na relação comercial entre EUA e México
Ao longo das negociações desta segunda-feira (30), os futuros do milho ampliaram as perdas na Bolsa de Chicago (CBOT). Perto das 12h58 (horário de Brasília), as principais posições do cereal, exibiam desvalorizações entre 5,25 e 5,50 pontos. O contrato março/17 era cotado a US$ 3,57 por bushel, já o maio/17 operava a US$ 3,64 por bushel. O julho/17 trabalhava a US$ 3,71 por bushel.
Conforme dados das agências internacionais, os investidores estão atentos as ações do novo presidente dos EUA, Donald Trump. "Do ponto de vista da agricultura, o México é um grande comprador de milho, trigo e carne suína dos EUA e a medida da construção de um muro na fronteira entre os dois países também é observada pelos investidores", destacou o site internacional Agrimoney.com.
"Se uma guerra comercial ocorresse, o setor agropecuário americano tem uma exposição significativa no México. Um abrandamento nas exportações dos EUA pode ser catastrófico", disse Joe Lardy, da CHS Hedging.
"Durante o final de semana, o Peru e a Colômbia disseram que iriam apoiar o México caso uma guerra comercial estourasse entre os EUA e seu vizinho do sul. Os investidores estão preocupados com o impasse, pois poderá afetar os mercados de produtos americanos, incluindo milho, soja e trigo", informou o Agriculture.com.
É importante destacar que o México é um grande importador de milho e trigo de origem americana. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 105 mil toneladas de milho para a Colômbia. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2016/17.
O USDA ainda traz seu novo boletim de embarques semanais, importante indicador de demanda nesta segunda-feira.
BM&F Bovespa
Na bolsa brasileira, as cotações do cereal também iniciaram a semana em queda. As principais posições da commodity exibiam perdas entre 1,34% e 2,08%, por volta das 12h59 (horário de Brasília). O vencimento março/17 operava a R$ 34,71 a saca e o maio/17 a R$ 33,25 a saca.
As cotações futuras acompanham as fortes quedas registradas na Bolsa de Chicago. Além disso, a perda do dólar também contribui para o cenário. Às 12h12 (horário de Brasília), o câmbio recuava 0,87% e era cotado a R$ 3,1245 na venda.