Milho tem sessão de calmaria em Chicago e fecha pregão desta 3ª feira com ligeiras valorizações
Pelo segundo dia consecutivo, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) apresentaram ligeiros ganhos. Nesta terça-feira (13), as principais posições da commodity acumularam ganhos entre 0,50 e 1,75 pontos. O vencimento março/17 era cotado a US$ 3,61 por bushel, enquanto o maio/17 trabalhava a US$ 3,67 por bushel. O julho/17 encerrou o dia a US$ 3,74 pontos.
Segundo informações das agências internacionais, os preços da commodity subiram, mais uma vez, com os ganhos registrados no petróleo. No final da tarde, o barril era negociado a US$ 52,87. De modo geral, o mercado segue sem grandes novidades, já que os fundamentos são conhecidos pelos investidores.
Em contrapartida, o comportamento do clima na América do Sul e, consequentemente, o andamento das produções no Brasil e na Argentina tem sido observado pelos participantes do mercado. "A persistência de um clima favorável nas principais regiões de cultivo no Brasil acaba limitando o potencial de alta para os preços", disse o analista de mercado Tobin Gorey, em entrevista ao portal Agrimoney.com.
Ainda no cenário internacional, os participantes do mercado ainda observam a reunião do Federal Reserve, que será realizada nesta quarta-feira (14). A perspectiva é que banco central americano anuncie seu primeiro aumento na taxa de juros do país em um ano. Conforme dados da agência Reuters, ainda há especulações sobre aumentos maiores nas taxas de juros depois da eleição de Donald Trump à presidência dos EUA.
Mercado interno
Nesta terça-feira, os preços do milho registraram ligeiras movimentações no mercado doméstico. De acordo com levantamento do Notícias Agrícolas, em Sorriso (MT), o valor subiu novamente, cerca de 4,35%, com a saca do cereal a R$ 24,00. Em Mato Grosso do Sul, em São Gabriel do Oeste, a valorização foi de 1,79%, com a saca a R$ 28,50 e em Campo Grande, o ganho ficou em 1,75%, com a saca a R$ 29,00.
Na localidade de Itapeva (SP), o dia também foi positivo, com alta de 0,73% e a saca a R$ 33,21. No Porto de Paranaguá, a saca do milho registrou ganho de 2,86% e o preço subiu para R$ 36,00.
Por outro lado, o preço cedeu 5,26% em Uberlândia (MG), com a saca a R$ 36,00. Já em Ponta Grossa (PR), a perda foi de 2,78%, com a saca a R$ 35,00. Em Mato Grosso, as praças de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, apresentaram baixa de 2,04%, com a saca de milho a R$ 24,00. Na região de Jataí (GO), a queda ficou em 1,69%, com a saca do cereal a R$ 29,00. As demais praças apresentaram estabilidade nesta terça-feira.
No início da semana, o Cepea já havia reportado que, em algumas praças, os preços voltaram a registrar oscilações positivas diante do aumento da presença de compradores no mercado. Contudo, é preciso levar em consideração as boas condições das lavouras de milho da safra de verão. Além disso, há questão das importações e das exportações, que foram revisadas, o que levou em um aumento nos estoques de passagem da safra de 2015/16, de acordo com a última projeção a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Na BM&F Bovespa, o dia também foi de leves movimentações, uma vez que, as principais posições do milho encerraram o dia em campo misto. As primeiras posições subiram entre 0,91% e 0,16%, com o vencimento janeiro/17 a R$ 38,85 a saca e o março/17 a R$ 37,59 a saca. As posições mais longas recuaram entre 0,45% e 0,89%, com o contrato setembro/17 negociado a R$ 33,50 a saca.
As cotações foram influenciadas pelo andamento dos preços na Bolsa de Chicago e também pelo dólar. A moeda norte-americana encerrou o dia com queda de 0,58%, cotada a R$ 3,3260 na venda. O dólar caiu pelo 7º dia seguido, com algum fluxo de entrada e depois do Senado aprovar a PEC do Teto dos Gastos, segundo reportou a Reuters.
Confira como fecharam os preços nesta terça-feira: