Em Chicago, milho tem sessão volátil e fecha 2ª feira com ligeiras altas, próximo da estabilidade

Publicado em 12/12/2016 16:55

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) enceraram o pregão desta segunda-feira (12) com ligeiras altas, próximas da estabilidade. Em uma sessão volátil, as cotações do cereal finalizaram o dia com leves ganhos entre 2,00 e 0,75 pontos. O contrato dezembro/16 era cotado a US$ 3,54 por bushel, enquanto o março/17 era cotado a US$ 3,60 por bushel. Já o maio/17 terminou o dia a US$ 3,67 por bushel.

Segundo dados da Granoeste Corretora de Cereais, o mercado foi influenciado por um movimento de compras especulativas diante da forte valorização registrada nos preços do petróleo. Ainda hoje, a commodity apresentou alta de mais de 2% e no final da tarde era cotada a US$ 52,52 o barril. Por sua vez, o ganho foi decorrente do acordo feito pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e alguns rivais chegarem ao seu primeiro acordo desde 2001 para reduzir a produção. A expectativa é combater o excedente global e elevar os preços do petróleo.

Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou seu novo boletim de embarques semanais. No caso do milho, na semana encerrada no dia 8 de dezembro, os embarques ficaram em 860,927 mil toneladas. O volume ficou abaixo das expectativas dos participantes do mercado, que giravam entre 1 milhão a 1,3 milhão de toneladas. Na semana passada, o número estava em 1.150,233 milhão de toneladas.

O mercado ainda segue sem novidades, uma vez que, os fundamentos já são conhecidos pelos investidores. Outro fator que também segue no radar dos investidores é o andamento da produção de milho na América do Sul. Além disso, a expectativa é que a partir de janeiro as atenções estejam voltadas ao planejamento da próxima safra norte-americana.

Mercado brasileiro

No mercado interno brasileiro, a segunda-feira (12) foi de ligeiras movimentações nos preços do milho. Na região de Sorriso (MT), o valor subiu 4,55%, com a saca a R$ 23,00, já em Assis (SP), o valor apresentou ganho de 1,64%, com a saca a R$ 29,79. As informações fazem parte do levantamento diário realizado pela equipe do Notícias Agrícolas.

Por outro lado, em Não-me-toque (RS), a cotação recuou 2,86%, com a saca a R$ 34,00. Em Mato Grosso, nas praças de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, a perda foi de 2,00%, com a saca do cereal a R$ 24,50. No Oeste da Bahia, a desvalorização ficou em 0,65%, com a saca a R$ 38,50. No Porto de Paranaguá, a saca do cereal permaneceu estável em R$ 35,00 a saca.

De acordo com informações reportadas pelo Cepea nesse início de semana, algumas praças voltaram a registrar oscilações positivas diante da maior presença dos compradores no mercado. "Em algumas praças, no entanto, o movimento ainda foi de queda nas cotações. Segundo pesquisadores do Cepea, na região de Campinas (SP), compradores, especialmente granjeiros, estão mais ativos, com alguns relatando dificuldades na aquisição de milho de dentro ou de fora do estado de São Paulo", informou em nota.

Contudo, os participantes do mercado ainda acompanham os dados das exportações e importações de milho do país. Em seu último boletim, reportado no final da semana passada, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) revisou para cima as perspectivas de importação esse ano, para 2,4 milhões de toneladas do grão.

Já as exportações baixaram mais uma vez e foram estimadas em 18 milhões de toneladas nesta temporada. No acumulado desse ano comercial, os portos brasileiros já exportaram 16,4 milhões de toneladas de milho. E, diante dessas novas projeções, os estoques finais da safra 2015/16 também subiram e foram projetados em 7,9 milhões de toneladas.

Paralelamente, a safra de verão caminha bem, com perspectiva de uma boa produção, até esse momento. Com isso, é consenso entre os analistas de que as cotações do milho podem ceder com a chegada dessa produção no mercado e essa nova conjuntura no mercado.

Enquanto isso, na bolsa brasileira, as cotações do cereal também apresentaram leves ganhos. As principais posições da commodity encerraram o pregão desta segunda-feira com altas entre 0,10% e 0,65%. O janeiro/17 era cotado a R$ 38,50 a saca e o maio/17 a R$ 36,99 a saca. Apenas o março/17 apresentou leve queda, de 0,32%, com a saca a R$ 37,53.

Os preços conseguiram se sustentar apesar da queda registrada no dólar. O câmbio finalizou o dia a R$ 3,3455 na venda, com perda de 0,81%. Apesar de ter registrado alta de mais de 1% mais cedo devido ao cenário político brasileiro. Porém, ao logo do dia, o dólar passou a acompanhar o comportamento da moeda norte-americana no cenário internacional frente à forte valorização dos preços do petróleo, conforme reportou a agência Reuters.

Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:

>> MILHO

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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