Com suporte da soja, milho sobe nesta 3ª feira em Chicago e consolida a 4ª valorização consecutiva
Pelo 4º dia seguido, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a sessão em campo positivo. Nesta terça-feira (22), as principais posições do cereal acumularam ligeiras altas entre 1,00 e 1,25 pontos. O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,51 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,59 por bushel. Já o maio/17 finalizou o dia a US$ 3,65 por bushel.
De acordo com dados das agências internacionais, as cotações do cereal foram sustentadas pelas valorizações registradas nos contratos da soja. Por sua vez, a oleaginosa alcançou o patamar mais alto dos últimos quatro meses com a força da demanda chinesa pelo produto.
Apesar da movimentação positiva, os ganhos foram limitados pela perspectiva de uma grande safra nos Estados Unidos e também com estoques abundantes. Nessa temporada, os produtores deverão colher mais de 386 milhões de toneladas do grão. No caso da produção americana, cerca de 97% da área plantada já foi colhida até o último domingo, conforme dados de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
O percentual está em linha com o observado no mesmo período do ano passado. Na semana passada, o índice era de 93% e a média dos últimos cinco anos para o período é de 96%.
Por outro lado, os investidores também já se preparam para o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, comemorado na próxima quinta-feira (24). Na sexta-feira (25), a sessão também terá horário diferenciado, com o término antecipado.
BM&F Bovespa
Nesta terça-feira (22), as principais posições do milho negociadas na BM&F Bovespa encerraram a sessão com ligeiras altas. Os contratos da commodity acumularam valorizações entre 0,16% e 0,91%, depois das perdas recentes. O janeiro/17 era cotado a R$ 37,78 a saca e o março/17 a R$ 37,70 a saca. O maio/17 fechou o dia a R$ 36,51 a saca.
As cotações esboçaram uma reação depois das quedas e apoiadas também por uma recuperação no câmbio. O dólar encerrou a sessão a R$ 3,3565 na venda, com alta de 0,13%. A moeda interrompeu uma queda consecutiva de quatro dias. Segundo dados da agência Reuters, os investidores aproveitaram as baixas da moeda e também acompanharam a movimentação no mercado externo.
Mercado interno
Já no mercado interno, as cotações apresentaram leves modificações ao longo desta terça-feira (22). De acordo com levantamento da equipe do Notícias Agrícolas, em Avaré (SP), o valor subiu 19,44%, com a saca a R$ 39,08. Na contramão desse cenário, o preço cedeu 5,70%, com a saca a R$ 32,24 a saca.
Em Mato Grosso, as praças de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, as cotações cederam 4% e finalizaram o dia a R$ 24,00 a saca. Na região de Rio Verde (GO), a queda ficou em 2,78%, com a saca a R$ 35,00. No Porto de Paranaguá, a saca permaneceu estável em R$ 33,00. Nas outras regiões, os preços foram mantidos.
Ainda conforme dados do Cepea, as cotações do cereal permanecem mais pressionadas nesse momento no mercado doméstico diante do bom desenvolvimento da safra de verão e também da redução nas exportações. Com um aumento na área cultivada próximo de 10%, os produtores brasileiros poderão colher entre 27,05 milhões e 28,55 milhões de toneladas na 1ª safra, de acordo com reporte da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Até o final da semana anterior, em torno de 92,2% da área prevista para o cultivo nesta temporada já havia sido semeada, segundo a Safras & Mercado. A perspectiva é que sejam semeados 4,152 milhões de hectares.
No caso das exportações, nos primeiros 12 dias de novembro, o país embarcou cerca de 505,10 mil toneladas de milho. As informações foram divulgadas pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Recentemente, a companhia revisou para baixo a perspectiva dos embarques de 20 milhões a 18,5 milhões de toneladas.
Confira como fecharam os preços nesta terça-feira: