Aumento do frete rodoviário encarece milho na China e aumenta procura por grãos no exterior
PEQUIM (Reuters) - Um aumento nos preços do milho chinês depois que o governo restringiu o peso de caminhões impulsionou a demanda por grãos de ração mais baratos, como sorgo e cevada de grandes exportadores como Estados Unidos e Austrália.
Pequim lançou uma restrição nacional à sobrecarga de caminhões no fim de setembro, atingindo a oferta de milho que geralmente tem que ser transportado para todo o país a partir das regiões produtoras no norte.
Os preços do milho chinês subiram mais de 16 por cento desde o início de outubro, também em alta depois que o governo introduziu subsídios para processadores de milho e à medida que o tempo úmido atrasou a colheita mais recente.
Isso deu um impulso inesperado para fornecedores estrangeiros de grãos que podem ser usados como alternativas ao milho na ração animal, com operadores reportando um aumento nos emabrques de sorgo dos EUA e da cevada da Austrália.
"Inspeções de sobrecarga limitaram a capacidade de transporte no geral e elevaram os custos do milho local. Os grãos importados agora têm maior vantagem de preços", disse Cherry Zhang, analista do Shanghai JC Intelligence. O governo quer eliminar a sobrecarga para reduzir os danos às estradas e reduzir acidentes.
Pequim também tem dado prioridade para o frete de carvão em suas ferrovias em meio a crescentes preços para o combustível à medida que o inverno se aproxima, segundo agentes do mercado de energia.
(Por Dominique Patton e Hallie Gu; reportagem adicional de Meng Meng)