Nesta 2ª feira, valorização do dólar dá sustentação aos preços do milho negociados na BM&F Bovespa

Publicado em 14/11/2016 17:00

Na sessão desta segunda-feira (14), os preços do milho negociados na BM&F Bovespa encerraram o dia em campo misto. As primeiras posições da commodity acumularam altas entre 0,83% e 1,67%, com o novembro/16 cotado a R$ 39,53 a saca e o março/17 a R$ 37,81 a saca. Já as posições mais longas caíram entre 0,30% e 0,41%. O maio/17 encerrou a sessão a R$ 36,32 a saca.

Enquanto isso, a moeda norte-americana encerrou o dia com alta de 1,43%, cotada a R$ 3,4408 na venda. Esse é o maior patamar de fechamento desde o dia 16 de junho, quando o câmbio finalizou o pregão a R$ 3,4665. Nos últimos quatro pregões, o dólar já tem alta acumulada de 8,63%.

Segundo reportou a agência Reuters, "os investidores ainda se desfazem de posições de países emergentes, como o Brasil, após a vitória de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos e em meio à disparada dos rendimentos dos Treasuries".

Mercado interno

No mercado interno, os preços do milho iniciaram a semana próximos da estabilidade. De acordo com levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Sorriso (MT), a queda ficou em 11,54%, com a saca do cereal a R$ 23,00. Em Campo Grande (MS), o recuo ficou em 4,84%, com a saca de milho a R$ 29,50.

Na região de Campinas (SP), a segunda-feira (14) foi de ligeira perda, de 1,26%, com a saca a R$ 39,10. Em contrapartida, o valor subiu 1,75% na localidade de São Gabriel do Oeste (MS), com o preço a R$ 29,00 a saca.

Conforme dados reportados pelo Cepea nesse início de semana, os preços recuaram diante da maior pressão vendedora, o que acabou elevando a oferta doméstica. "Essa postura está atrelada a oferta queda das exportações e ao aumento das importações", informou em nota.

Nas últimas semanas, a queda de braços entre compradores e vendedores deu o tom ao mercado. Com essa postura de ambos os lados da cadeia, os negócios ficaram travados e as cotações apresentaram ligeiras movimentações.

Safra de verão

Segundo levantamento realizado pela Safras & Mercado, a área cultivada com o milho chegou a 86,1% da área projetada nesta temporada no Centro-Sul do país, de 4,152 milhões de hectares. No mesmo período do ano anterior, cerca de 67,2% da área já havia sido cultivada. Em 2015, em torno de 3,902 milhões de hectares foram semeados com o cereal na safra de verão.

Bolsa de Chicago

O pregão desta segunda-feira (14) foi negativo aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal encerraram o dia com perdas entre 3,00 e 4,25 pontos. O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,37 por bushel, enquanto o março/17 trabalhava a US$ 3,45 por bushel. O maio/17 finalizou o dia a US$ 3,52 por bushel.

De acordo com dados das agências internacionais, os preços foram pressionados negativamente pela alta do dólar índex no mercado internacional. Além disso, as cotações do cereal também acompanharam as perdas mais fortes registradas no trigo. Por sua vez, as cotações da commodity recuaram entre 9,00 e 10,75 pontos.

Já os embarques semanais dos EUA ficaram em 618,155 mil toneladas de milho na semana encerrada no dia 10 de novembro, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O volume ficou abaixo das expectativas dos participantes do mercado, entre 900 mil a 1,1 milhão de toneladas do cereal. Na semana anterior, o número ficou em 889,609 mil toneladas.

No caso da atualização dos números da safra americana, a perspectiva dos investidores é que o departamento aponte a colheita completa em 90% da área cultivada nesta temporada. Na semana anterior, o número estava em 86%.

Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:

>> MILHO

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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