Milho: Em Chicago, mercado reduz perdas e trabalha próximo da estabilidade no pregão desta 4ª feira
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) operam do lado negativo nesta quarta-feira (21), próximas da estabilidade. Perto das 12h27 (horário de Brasília), as principais posições da commodity testavam perdas de 0,75 pontos. O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,39 por bushel, enquanto o março/17 trabalhava a US$ 3,50 por bushel.
De acordo com informações das agências internacionais, o mercado exibe um movimento de realização de lucros após ganhos registrados recentemente. "Além disso, o Federal Reserve divulga ainda hoje sua mais recente declaração sobre a política monetária. Futuros dos fundos federais mostram apenas 15% de chances de um aumento na taxa de juros nesta quarta-feira. Porém, uma chance de 60% até o final da reunião de dezembro", disse Bryce Knorr, editor e analista do portal Farm Futures.
Paralelamente, os indicativos de chuvas no Meio-Oeste americano ainda permanecem no radar dos investidores. As previsões climáticas ainda indicam chuvas nos próximos sete dias no cinturão produtor do grão no país.
De acordo com dados reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) até o último domingo, a colheita já estava completa em 9% da área cultivada nesta temporada. O índice divulgado ficou abaixo do esperado pelo mercado, de 11% e da média dos últimos anos, de 12%.
Além do atraso nos campos, também há relatos de doenças nas lavouras do cereal em algumas localidades, especialmente no Sul do Meio-Oeste. "São regiões que sofreram com o excesso de chuvas da semana passada e o calor extremo, o que acaba afetando a qualidade do milho. Mas, no geral, os principais estados produtores, como Indiana, Iowa e Illinois ainda têm condições normais. É preciso acompanhar essa situação, pois se as chuvas continuarem poderemos ter um problema também em relação à produtividade", disse o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Mercado brasileiro
Enquanto isso, na bolsa brasileira, as principais posições do cereal exibiam leves perdas nesta quarta-feira (21). Os contratos da commodity apresentavam quedas entre 0,69% e 0,72%, por volta das 12h20 (horário de Brasília). O contrato novembro/16 era cotado a R$ 41,35 a saca e o janeiro/17 a R$ 41,91 a saca.
Os vencimentos acompanham a queda registrada no dólar na sessão de hoje. A moeda norte-americana era negociada a R$ 3,24 na venda, com desvalorização de 0,64%. Segundo o site G1, os operadores esperam a decisão do Federal Reserve (banco central americano) sobre a taxa de juros no país e depois do banco central americano do Japão anunciar a sua reforma na estrutura de política monetária, na adoção de uma meta para a taxa de juros.