Milho: De olho na safra dos EUA, preços mantêm tom negativo ao longo do pregão desta 2ª feira na CBOT

Publicado em 22/08/2016 13:16

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho estenderam as perdas durante a sessão desta segunda-feira (22). As principais posições do cereal registravam desvalorizações entre 2,00 e 2,25 pontos, perto das 12h38 (horário de Brasília). O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 3,32 por bushel. Já o dezembro/16 trabalhava a US$ 3,41 por bushel.

"Os preços do milho são mais baixos, depois de tentarem romper as resistências. Ainda assim, as perdas são modestas, como os investidores estão tentando avaliar o quão grande a safra 2016/17 é", disse Bryce Knorr, editor e analista de mercado do portal Farm Futures.

As informações vindas dos campos americanos ainda são acompanhadas pelos participantes do mercado.  "Todos os olhos estarão voltados essa semana para a turnê Pro Farmer e observando sinais que justifiquem a enorme safra projetada de milho nos EUA pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)", reportou o site Agrimoney.

Mike Zuzolo, da Global Commodity Analytics, informou que alguns campos de milho no Kansas estão sofrendo com uma seca severa. Em contrapartida, no estado de Louisiana, o excesso de chuva pode ocasionar a brotação do milho em algumas lavouras.

Paralelamente, o USDA reportou seu novo boletim de embarques semanais. No caso do milho, o número ficou em 1.249,309 de toneladas, na semana encerrada no dia 18 de agosto. O número ficou acima das apostas dos participantes do mercado, entre 1 milhão e 1,2 milhão de toneladas.

BM&F Bovespa

Já na BM&F, as cotações do cereal iniciaram a semana em campo misto. As principais posições da commodity testavam ligeiras altas entre 0,32 e 0,46%, por volta das 12h52 (horário de Brasília). O vencimento setembro/16, referência para a safrinha, era cotado a R$ 43,96 a saca, com recuo de 0,11%. O março/17 trabalhava a R$ 41,30 a saca, com perda de 0,39%.

A moeda norte-americana era cotada a R$ 3,2208 na venda, com ganho de 0,42%, por volta das 12h20 (horário de Brasília). A movimentação positiva é decorrente das expectativas de que a chair do Federal Reserve, banco central dos EUA, Janet Yellen, sinalize na próxima sexta-feira (26) a elevação na taxa de juros no país. Por outro lado, os investidores também aguardam o início do julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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