Milho: Após ganhos recentes, preços iniciam sessão desta 6ª feira em queda na Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho voltaram a trabalhar em campo negativo na manhã desta sexta-feira (19). Por volta das 8h03 (horário de Brasília), os principais vencimentos do cereal testavam perdas entre 1,25 e 1,75 pontos. O contrato setembro/16 era cotado a US$ 3,30 por bushel, enquanto o dezembro/16 era negociado a US$ 3,40 por bushel.
Ainda assim, a perda é limitada dada à ausência de informações no mercado. A grande safra projetada nos EUA nesta temporada já foi precificada pelos investidores. Com isso, as cotações têm trabalhado dos dois lados da tabela nos últimos dias, porém, com oscilações mais tímidas.
Nesta quinta-feira, as cotações do cereal exibiram ligeiras altas impulsionadas pela demanda. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou uma venda de 101,6 mil toneladas para destinos desconhecidos e as vendas semanais somaram 1.210,1 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 11 de agosto.
Confira como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Milho: No Brasil, mercado perde força, mas oferta restrita ainda deve limitar quedas nos preços, diz analista
No mercado interno, as cotações do milho encerraram a quinta-feira (18) com leve movimentação. Nas principais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas, os preços permaneceram estáveis. Na região de Itapeva (SP), o valor subiu 7,50%, com a saca a R$ 42,01, já em Avaré (SP) a alta foi menor, de 2,45%, com a saca do milho a R$ 41,03.
Já no Porto de Paranaguá, a saca para entrega setembro/16, registrou ganho de 3,03%, cotada a R$ 34,00. No Mato Grosso, na localidade de Sorriso, a valorização ficou em 7,14% nesta quinta-feira, com a saca cotada a R$ 30,00. Apenas em Não-me-toque (RS), o preço caiu 1,16% e finalizou o dia a R$ 42,50 a saca.
De acordo com o zootecnista da Scot Consultoria, Rafael Ribeiro, o mercado permanece bastante travado nesse momento. "De um lado temos os compradores resistindo a pagar mais e de outro, os vendedores se limitam a entregar o produto a preços mais baixos. Com isso, temos uma movimentação menor no mercado. Em Campinas (SP), as cotações caíram de R$ 47,00 a R$ 48,00 a saca no final de julho e início de agosto, para R$ 43,00 a R$ 44,00 a saca”, explica.
Além disso, o especialista ainda reforça que, os participantes do mercado permanecem atentos às informações sobre as importações do cereal e também em relação às exportações. “Há uma expectativa de redução nas exportações de milho no segundo semestre, até mesmo em função do câmbio que recuou. E se pensarmos na oferta mundial, temos os EUA com projeção de grande safra, tornando-se mais competitivo nos embarques”, completa.
Contudo, Ribeiro ainda pondera que, a quebra registrada na segunda safra de milho Brasil deve limitar a queda nos preços no curto e médio prazo. “Apesar do mercado mais frouxo nesse instante, a oferta restrita ainda é um fator de limitação das quedas. A expectativa ainda é de preços firmes, temos a BM&F indicando cotações andando de lado entre R$ 43,00 a R$ 44,00 a saca. E é importante destacar que no começo da próxima temporada, já temos valores entre R$ 44,00 a R$ 45,00, R$ 15,00 acima do que tínhamos no mesmo período do ano passado”, destaca.
BM&F Bovespa
Na BM&F Bovespa, as cotações registraram ligeiras altas nesta quinta-feira. As principais posições do cereal apresentaram ganhos entre 0,39% e 0,89%. O contrato setembro/16, referência para a safrinha era cotado a R$ 44,14 a saca. Já o novembro/16 encerrou o dia a R$ 44,16 a saca.
Dólar
A moeda norte-americana fechou o dia a R$ 3,2333 na venda, com alta de 0,68%. Segundo a agência Reuters, a movimentação positiva é decorrente das incertezas sobre o ajuste fiscal no Brasil e a estratégia do Banco Central dos EUA ofuscando perspectivas de que os juros não deverão subir tão cedo no país.
Bolsa de Chicago
A sessão desta quinta-feira (18) foi ligeiramente positiva aos preços futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Depois de testar os dois lados da tabela, as principais posições da commodity encerraram o dia com pequenas valorizações entre 1,75 e 2,75 pontos. O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 3,32 por bushel, enquanto o dezembro/16 era cotado a US$ 3,42 por bushel. Já o março/17 fechou o dia a US$ 3,51 por bushel.
De acordo com informações do noticiário internacional, as cotações voltaram a subir em um movimento de compras especulativas, depois das recentes quedas. Ainda assim, os ganhos foram limitados, já que faltam informações que possam alavancar as cotações do cereal nesse instante no cenário internacional.
Isso porque, a perspectiva ainda é de uma grande safra de milho nos Estados Unidos nesta temporada. Na última semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou a produção em pouco mais de 384 milhões de toneladas do cereal, porém, a projeção já foi precificada pelos participantes do mercado.
Porém, o consultor de mercado da Novo Rumo Corretora, Mário Mariano, destacou que o início da colheita poderá atrasar nos EUA devido ao excesso de chuvas. “Com isso, há especulações sobre os rendimentos das lavouras, se serão verdadeiros no momento dos trabalhos nos campos”, diz.
Outro fator que também continua sendo observado pelos investidores é a demanda. Ainda nesta quinta-feira, o USDA reportou a venda de 101,6 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2016/17.
Já as vendas para exportação ficaram em 1.210,1 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 11 de agosto. O número ficou dentro das apostas dos participantes do mercado, entre 1,050 milhão e 1,550 milhão de toneladas.
Do total, 167,4 mil toneladas foram da safra 2015/16 e o restante, de 1.042,7 milhão de toneladas da temporada 2016/17. No acumulado das vendas do presente ano comercial, o volume total é 5% maior do que em 2014/15, neste mesmo período.