Milho tem sessão forte na BM&F e futuros do cereal sobem mais de 2% nesta 2ª feira
Acompanhando o bom momento das cotações da soja na Bolsa de Chicago, os futuros do milho também operam em alta na sessão desta segunda-feira (15). As posições mais negociadas subiam, por volta de 12h35 (horário de Brasília), entre 3,75 e 5 pontos, levando o setembro/16 a US$ 3,27 e o dezembro/16 a US$ 3,37 por bushel.
O mercado tenta ampliar os modestos ganhos registrados na última sexta-feira. Apesar dos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), compras especulativas acabaram dando suporte aos preços. Ainda na semana anterior, o órgão indicou a safra 2016/17 no país em 384,91 milhões de toneladas, o volume ficou bem acima do reportado anteriormente, de 369,34 milhões de toneladas.
As projeções são decorrentes das boas condições das lavouras de milho no Meio-Oeste observadas até o momento. Ainda hoje, o departamento atualiza os números da produção em seu novo boletim de acompanhamento de safras.
Além do suporte do avanço da soja, o mercado do milho na Bolsa de Chicago encontra estímulo ainda nos bons números de embarques semanais norte-americanos, os quais foram reportados nesta segunda-feira também pelo USDA.
Na semana encerrada e, 11 de agosto, os EUA embarcaram 1.172,641 milhão de toneladas, volume que ficou dentro das expectativas do mercado, que variavam de 1,09 a 1,3 milhão de toneladas. Na semana anterior, o volume foi de 1.488,516 milhão de toneladas. Durante todo o ano comercial 2015/16, os embarques americanos do cereal já somam 42.872,545 milhões de toneladas, acima das 42.836,347 milhões do mesmo período do anterior.
BM&F
Na BM&F, a sessão desta segunda-feira também é bastante positiva e, por volta de 12h50 (horário de Brasília), os principais contratos subiam mais de 2%, com destaque para o setembro/16, que era negociado a R$ 44,60 por saca, com ganho de 2,67%.
E os preços avançavam mesmo diante de uma nova queda do dólar fentre ao real. A moeda americana perdia 0,64% e era negociada a R$ 3,165, ainda distante dos R$ 3,20 e exigindo atenção dos produtores e traders.
"A leitura de sexta-feira, de que o governo poderia tentar segurar a queda do dólar, está ficando para trás", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado em entrevista à agência de notícias Reuters.