Milho: Em Chicago, preços começam pregão desta 5ª feira com leves quedas, próximos da estabilidade
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho iniciaram o pregão desta quinta-feira (11) com leves quedas, próximos da estabilidade. As principais posições do cereal exibiam perdas entre 0,50 e 1,50 pontos, por volta das 8h02 (horário de Brasília). O contrato setembro/16 era cotado a US$ 3,21 por bushel, enquanto o dezembro/16 era negociado a R$ 3,31 por bushel. Já o maio/17 operava a US$ 3,48 por bushel.
Segundo dados das agências internacionais, os participantes do mercado ainda buscam um melhor posicionamento antes do boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado nesta amanhã (12). Há perspectivas de que o órgão indique a produção americana de milho em 375,52 milhões, contra as 369,33 milhões de toneladas reportadas no relatório de julho.
No caso dos estoques finais de passagem, os números poderão ficar próximos de 58,09 milhões de toneladas. No mês anterior, o volume indicado foi de 52,85 milhões de toneladas. O cenário é decorrente do bom encaminhamento da safra dos EUA até o momento. Em torno de 74% das plantações ainda continuam em boas ou excelentes condições.
Ainda hoje, o USDA traz novo reporte das vendas para exportação. Na semana passada, o número ficou 1.227,400 milhão de toneladas de milho.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Com influência da queda do dólar, preços recuam quase 4% no pregão desta 4ª feira na BM&F
Após dias de pouca movimentação, as cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa voltaram a exibir quedas mais expressivas. Nesta quarta-feira (10), as principais posições do cereal apresentaram desvalorizações entre 1,33% e 3,89%. A referência para a safrinha brasileira, o contrato setembro/16, encerrou o pregão a R$ 44,60 a saca, com recuo de 1,96%. Já o novembro/16 era cotado a R$ 45,35 a saca e perda de 2,05%.
Segundo o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, as cotações foram pressionadas pela queda registrada no dólar. “Ainda assim, se observamos os contratos de setembro a março continuam orbitando perto de R$ 43,00 a R$ 44,00 a saca, o que sinaliza certa estabilidade”, diz.
A moeda norte-americana recuou pela 7ª sessão consecutiva e chegou a R$ 3,1322 na venda, com queda de 0,28%. O patamar de fechamento é o menor desde 13 de julho de 2015, quando o câmbio tocou o nível de R$ 3,1308. De acordo com a agência Reuters, o dólar foi pressionado também pelo recuo na moeda nos mercados externos e depois do Senado dar o aval à final do processo de impeachment de Dilma Rousseff, presidente afastada.
Enquanto isso, no mercado interno, as cotações do cereal voltaram a recuar em algumas praças, conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas. Em Avaré (SP), a queda foi de 13,33%, com a saca do cereal a R$ 38,10. Em Assis (SP), o preço caiu 2,57%, com a saca do cereal a R$ 37,12. Na região de Ponta Grossa (PR), a quarta-feira também foi negativa, cerca de 2,38%, com a saca a R$ 41,00.
Na contramão desse cenário, no Oeste da Bahia, o valor praticado subiu 1%, com a saca a R$ 50,50. No Porto de Santos, o ganho ficou em 1,39%, com saca para entrega em setembro/16 em R$ 36,50. Já no terminal de Paranaguá, os preços permaneceram estáveis, com a saca para entrega em setembro/16 a R$ 32,00.
“Já estamos na finalização da colheita e os preços ainda permanecem firmes. Dificilmente, os produtores irão errar no momento da venda do milho, já que os atuais patamares são remuneradores, ainda temos preços históricos. Apesar do wash out, que continua sendo feito, para fechar as contas e atender a demanda e parte da exportação precisaremos importar mais milho”, destaca Fernandes.
Ainda na visão do consultor, é difícil que haja uma redução expressiva nos preços, a não ser que haja uma restrição das exportações. “Ontem, a Conab indicou as exportações para a temporada em 20 milhões de toneladas e, se exportarmos mais de 17 mi a 18 mi de t, o quadro de oferta e demanda fica ainda mais apertado”, completa.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), o pregão desta quarta-feira (10) foi de ligeira alta aos preços do milho. As principais posições da commodity finalizaram a sessão próximas da estabilidade, com ganhos entre 0,25 e 0,50 pontos. O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 3,22 por bushel, enquanto o dezembro/16 era negociado a US$ 3,33 por bushel. O março/17 fechou o dia a US$ 3,43 por bushel.
Apesar do anúncio da venda de milho para o México, os participantes do mercado continuam bem cautelosos, buscando um melhor posicionamento frente ao relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que será divulgado na próxima sexta-feira (12). Hoje, o departamento indicou a venda de 143,650 mil toneladas de milho ao país, com entrega na temporada 2016/17.
Para o relatório do órgão, os investidores já apostam em uma revisão para cima para a safra de milho dos EUA. Isso porque, diante das boas perspectivas e do clima ainda favorável, há especulações de que a produção ultrapasse as 370 milhões de toneladas nesta temporada.
Até agora, as plantações apresentam bom desenvolvimento, com 74% em boas ou excelentes condições, conforme última projeção do USDA. E, no período de 17 a 23 de agosto, o Meio-Oeste ainda deverá receber chuvas, apesar das temperaturas acima da média, de acordo com projeções divulgadas pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - nesta quarta-feira.
Produção de etanol nos EUA
Segundo informações reportadas pela AIE (Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos) a produção de etanol subiu mais uma vez e ficou em 1,018 milhão de barris diários na semana encerrada no dia 5 de agosto. O volume ficou acima do reportado na semana anterior, de 1,004 milhão de barris por dia. Já os estoques registraram ligeira queda e passaram de 20,6 mil barris para 20,5 mil barris no mesmo período.