Milho: Mercado ainda acompanha o desenvolvimento da safra dos EUA e inicia 3ª feira com leve queda na CBOT
As cotações futuras do milho iniciaram a sessão desta terça-feira (9) com leves quedas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity exibiam perdas entre 0,75 e 2,50 pontos, por volta das 7h17 (horário de Brasília). O contrato setembro/16 era cotado a US$ 3,23 por bushel, enquanto o dezembro/16 era negociado a US$ 3,32 por bushel. Já o maio/17 operava a US$ 3,51 por bushel.
O mercado voltou a trabalhar em campo negativo depois dos recentes ganhos. Ainda ontem, os preços do cereal encerraram o dia com ligeiras altas impulsionadas pelas informações vindas do lado da demanda. Além dos embarques semanais, que ficaram em 1.452,037 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 28 de julho, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) também reportou a venda de 162,569 mil toneladas do cereal para o México.
Paralelamente, no final da tarde de ontem, o órgão revisou para baixo o índice de lavouras em boas ou excelentes condições de 76% para 74%. O número ficou abaixo das apostas dos participantes do mercado, de 75%. O departamento ainda indicou que 97% das plantações estão em fase de floração, 53% em fase de formação de grãos e 9% das lavouras já estão com grãos formados.
Apesar da redução no índice de lavouras em boas condições, a perspectiva é que o país colha uma grande safra nesta temporada, que é o que tem pesado sobre os preços no cenário internacional. Já há especulações de uma produção acima dos 370 milhões de toneladas. Com isso, os investidores já começam a se preparar para o próximo relatório de oferta e demanda do USDA que será reportado na próxima sexta-feira (12).
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Milho: Em Chicago, demanda dá suporte e preços encerram o pregão desta 2ª feira com leve alta
Nesta segunda-feira (8), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a sessão do lado positivo da tabela, com ligeiras valorizações. As principais posições do cereal exibiram leves altas entre 0,50 e 1,00 pontos. O contrato setembro/16 era cotado a US$ 3,25 por bushel, enquanto o vencimento dezembro/16 era negociado a US$ 3,34 por bushel. Já o março/17 fechou o dia a US$ 3,45 por bushel.
"Os futuros do cereal exibiram pequenos ganhos com o suporte do anúncio de uma venda para o México", disse Bob Burgdorfer, analista e editor do portal Farm Futures. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 162,569 mil toneladas do cereal para o país. O volume negociado deverá ser entregue na temporada no ciclo 2016/17.
Na semana anterior, o órgão divulgou duas vendas, a primeira, de 129 mil toneladas para destinos desconhecidos e a outra, de 290 mil toneladas, também para destinos não revelados.
Outro fator que também contribuiu para essa firmeza nos preços foi o boletim de embarques semanais do USDA. Na semana encerrada no dia 28 de julho, os embarques do cereal totalizaram 1.452,037 milhão de toneladas. O volume ficou acima das projeções dos participantes do mercado, entre 900 mil toneladas a 1,2 milhão de toneladas de milho. Na semana anterior, o número ficou em 1.144,317 milhão de toneladas.
Contudo, a perspectiva de uma grande safra ainda pesa sobre os preços. Na semana anterior, o analista de mercado da Novo Rumo Corretora, Mário Mariano, disse em entrevista ao Notícias Agrícolas, que já há rumores de uma produção entre 370 milhões a 372 milhões de toneladas. Já a produtividade deve ficar acima das projeções iniciais, de 177,8 sacas de milho por hectare.
Isso é devido ao clima que, até o momento, tem contribuído para o bom desenvolvimento das plantações. Ainda hoje, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, informou que, no período de 15 a 21 de agosto, grande parte do Meio-Oeste deverá registrar temperaturas acima da normalidade e chuvas abaixo da média.
"Essa semana, o foco do mercado estará sobre o próximo o relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado na próxima sexta-feira (12)", reforça Bob Burgdorfer.
Mercado interno
O início da semana foi de ligeira movimentação aos preços do milho praticados no mercado interno. Segundo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Assis (SP), o preço caiu 11,35%, com a saca a R$ 38,10, já em Itapeva (SP), o recuo foi de 6,82%, com a saca do cereal a R$ 40,05. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), a saca do grão era cotada a R$ 36,00, com perda de 2,70%. Em Ponta Grossa (PR), o preço cedeu 2,38% e a saca a R$ 41,00.
Em contrapartida, as cotações voltaram a subir no estado de Mato Grosso. Em Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, a alta foi de 14,81%, com a saca do milho a R$ 31,00. Em Sorriso, o ganho foi maior, de 15,38%, com a saca a R$ 30,00. No Porto de Paranaguá, a saca do milho para entrega setembro subiu 6,45% e encerrou o dia a R$ 33,00.
No mercado interno, as cotações voltaram a cair em algumas praças diante da pressão compradora. "Segundo colaboradores do Cepea, especulações em torno de maiores importações e da possibilidade de exportadores e tradings redirecionarem volumes superiores para o abastecimento doméstico via wash out reforçaram a retração da demanda", informou o centro em nota.
Paralelamente, os produtores permanecem firmes nas posições de vendas, o que acaba resultando em poucos negócios fechados. Além disso, os agricultores terão que enfrentar a concorrência da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que realiza amanhã mais dois leilões de venda dos estoques públicos. Ao todo, serão negociadas 50 mil toneladas de milho para criadores de aves e suínos.
Já na bolsa brasileira, as cotações encerraram o pregão em terreno misto. As principais posições acumularam valorizações entre 0,07% e 0,65%. O contrato setembro/16, referência para a safrinha, era cotado a R$ 45,10 a saca. Apenas os vencimentos novembro/16 e março/17 recuaram entre 0,09% e 0,02%, respectivamente.
Dólar
Enquanto isso, o dólar fechou o dia a R$ 3,1677 na venda, com queda de 0,04%. A moeda encerrou a segunda-feira praticamente estável diante do bom humor nos mercados externos ofuscando as preocupações com o cenário político brasileiro, de acordo com dados da agência Reuters.