Milho: Em meio ao bom desenvolvimento da safra americana, mercado mantém estabilidade na CBOT

Publicado em 04/08/2016 08:24

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) permanecem operando próximas da estabilidade. Às 12h50 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam leves altas, entre 0,25 e 0,75 pontos. O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 3,24 por bushel e o dezembro/16 a US$ 3,34 por bushel.

"As cotações do milho continuam praticamente inalteradas, pressionados pelas expectativas de boa safra nos EUA, o que deve impactar os estoques", segundo informações da agência Reuters e reportadas pelo site internacional Business Recorder. A projeção é que os produtores americanos colham uma safra acima de 369 milhões de toneladas e a produtividade poderá superar os 178,87 sacas do grão por hectare.

O clima continua bastante favorável ao desenvolvimento das lavouras em grande parte do Meio-Oeste dos EUA. Ainda ontem, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - reportou que são previstas chuvas nos próximos dias em grande parte da região produtora. Já as temperaturas deverão continuar elevadas no mesmo período.

Em contrapartida, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou nesta quinta-feira (4) a venda de 129 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2016/17.

Essa é a segunda operação divulgada essa semana. Ainda nesta quarta-feira (3), o órgão informou a venda de 290 mil toneladas do cereal também para destinos não revelados. O produto será entregue na campanha 2016/17.

Já as vendas para exportação foram estimadas em 1.227,400 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 28 de julho. Da safra velha, os números ficaram em 331,1 mil toneladas e da safra nova, o volume foi de 896,3 mil toneladas. No total, o reporte ficou ligeiramente acima das apostas dos investidores, entre 800 mil a 1,2 milhão de toneladas.

BM&F Bovespa

Enquanto isso, na BM&F Bovespa, as cotações voltaram a trabalhar com perdas mais fortes na sessão desta quinta-feira (4). As principais posições do cereal exibiam desvalorizações entre 1,61% e 2,29%, por volta das 12h59 (horário de Brasília). O contrato setembro/16, referência para a safrinha, era cotado a R$ 44,85 a saca, já o novembro/16 era negociado a R$ 45,75 a saca.

O mercado ainda observa as informações sobre as medidas do Governo brasileiro para a compra de 1 milhões de toneladas de milho transgênico dos EUA. Ainda hoje, o Ministério reportou um seu site uma avaliação na qual indica que os preços podem cair no mercado interno diante da garantia de oferta.

"A avaliação é da área técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que calcula um estoque de passagem do cereal de 4,47 milhões de toneladas em 31 de janeiro de 2017. Como há produto para ofertar, a tendência é que os preços venham a cair", divulgou em nota.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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