Milho: Em meio ao bom desenvolvimento da safra americana, mercado mantém estabilidade na CBOT
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) permanecem operando próximas da estabilidade. Às 12h50 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam leves altas, entre 0,25 e 0,75 pontos. O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 3,24 por bushel e o dezembro/16 a US$ 3,34 por bushel.
"As cotações do milho continuam praticamente inalteradas, pressionados pelas expectativas de boa safra nos EUA, o que deve impactar os estoques", segundo informações da agência Reuters e reportadas pelo site internacional Business Recorder. A projeção é que os produtores americanos colham uma safra acima de 369 milhões de toneladas e a produtividade poderá superar os 178,87 sacas do grão por hectare.
O clima continua bastante favorável ao desenvolvimento das lavouras em grande parte do Meio-Oeste dos EUA. Ainda ontem, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - reportou que são previstas chuvas nos próximos dias em grande parte da região produtora. Já as temperaturas deverão continuar elevadas no mesmo período.
Em contrapartida, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou nesta quinta-feira (4) a venda de 129 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2016/17.
Essa é a segunda operação divulgada essa semana. Ainda nesta quarta-feira (3), o órgão informou a venda de 290 mil toneladas do cereal também para destinos não revelados. O produto será entregue na campanha 2016/17.
Já as vendas para exportação foram estimadas em 1.227,400 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 28 de julho. Da safra velha, os números ficaram em 331,1 mil toneladas e da safra nova, o volume foi de 896,3 mil toneladas. No total, o reporte ficou ligeiramente acima das apostas dos investidores, entre 800 mil a 1,2 milhão de toneladas.
BM&F Bovespa
Enquanto isso, na BM&F Bovespa, as cotações voltaram a trabalhar com perdas mais fortes na sessão desta quinta-feira (4). As principais posições do cereal exibiam desvalorizações entre 1,61% e 2,29%, por volta das 12h59 (horário de Brasília). O contrato setembro/16, referência para a safrinha, era cotado a R$ 44,85 a saca, já o novembro/16 era negociado a R$ 45,75 a saca.
O mercado ainda observa as informações sobre as medidas do Governo brasileiro para a compra de 1 milhões de toneladas de milho transgênico dos EUA. Ainda hoje, o Ministério reportou um seu site uma avaliação na qual indica que os preços podem cair no mercado interno diante da garantia de oferta.
"A avaliação é da área técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que calcula um estoque de passagem do cereal de 4,47 milhões de toneladas em 31 de janeiro de 2017. Como há produto para ofertar, a tendência é que os preços venham a cair", divulgou em nota.