Milho: Com clima favorável nos EUA, mercado amplia desvalorizações ao longo desta 2ª feira na CBOT
Durante a sessão desta segunda-feira (1), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. Por volta das 11h50 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam desvalorizações entre 6,00 e 6,25 pontos. O contrato setembro/16 era cotado a US$ 3,28 por bushel, já o dezembro/16 era negociado a US$ 3,36 por bushel. O maio/17 trabalhava a US$ 3,51 por bushel.
De acordo com o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as cotações recuam devido às chuvas registradas no final de semana. "E há mais indicativos de chuvas para hoje. Com isso, a perspectiva é que as precipitações amenizem o efeito do calor mais forte no Meio-Oeste do país e os fundos acabam liquidando as posições", pondera.
Conforme projeções reportadas pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - no período de 8 a 14 de agosto, as temperaturas ainda deverão ficar acima da média em grande parte do Meio-Oeste, porém, no mesmo período, são previstas chuvas acima da normalidade. E, até o momento, em torno de 76% das lavouras apresentam boas ou excelentes condições, segundo os números oficiais.
No final da tarde de hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza as condições das lavouras, em seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras. Ainda nesta segunda-feira, o órgão divulgou que, na semana encerrada no dia 28 de julho, os embarques semanais do cereal ficaram em 1.144,317 milhão de toneladas. O volume ficou abaixo do indicado na semana anterior, de 1.319,331 milhão de toneladas.
BM&F Bovespa
Enquanto isso, na BM&F Bovespa, as cotações do cereal exibem ligeiras movimentações no pregão desta segunda-feira (1). Às 11h52 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam leves altas entre 0,62% e 0,82%. O vencimento setembro/16 era cotado a R$ 47,79 a saca. Apenas o novembro/16 registrava queda, de 0,10%, cotado a R$ 48,80 a saca.
As cotações do cereal permanecem descoladas do mercado internacional devido à relação entre oferta e demanda observada no mercado brasileiro. Mesmo com o avanço da colheita da segunda safra, os preços voltaram a registrar oscilações positivas diante da quebra de mais de 20% na produção e também da postura do produtor em segurar o produto.