Milho: Mercado ainda acompanha desenvolvimento da safra dos EUA e testa ligeiras perdas nesta 2ª feira

Publicado em 25/07/2016 12:55

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho voltaram a trabalhar do lado negativo da tabela ao longo da sessão desta segunda-feira (25). As principais posições do cereal exibiam perdas ao redor de 1,00 e 1,75 pontos, por volta das 12h08 (horário de Brasília). O contrato setembro/16 era cotado a US$ 3,33 por bushel, enquanto o dezembro/16 era negociado a US$ 3,40 por bushel.

"Os ganhos registrados nos futuros do trigo ainda estão ajudando a fornecer algum suporte aos preços do cereal. E os comerciantes ainda ponderam o impacto da onda de calor da semana passada sobre as perspectivas de produção”, disse Bryce Knorr, editor e analista do site internacional Farm Futures.

O analista ainda completa que, "as chuvas abundantes registradas em algumas áreas deverão ajudar a manter as condições das lavouras". Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta seu novo boletim de acompanhamento de safras. Na semana anterior, cerca de 76% das plantações do cereal apresentavam boas ou excelentes condições.

E, meio ao desenvolvimento da safra 2016/17 nos EUA, o clima continua a ser o foco dos participantes do mercado. Segundo dados do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - chuvas acima da média são previstas para todo o Meio-Oeste do país no intervalo de 1 a 7 de agosto. No mesmo período, as temperaturas deverão acima da normalidade, conforme o indicado nos mapas abaixo.

Chuvas previstas nos EUA entre os dias 1 a 7 de agosto - Fonte: NOAA

Temperaturas previstas nos EUA entre os dias 1 a 7 de agosto - Fonte: NOAA

Para essa temporada, a perspectiva é que sejam colhidas 369 milhões de toneladas de milho nos EUA. Já a produtividade deverá ficar próxima de 177,8 sacas do grão por hectare, segundo as projeções oficiais.

Enquanto isso, os embarques semanais do cereal ficaram em 1.306,373 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 21 de julho. O volume ficou acima do divulgado na semana anterior, de 1.327,509 milhão de toneladas. Os dados são do USDA.

BM&F Bovespa

As cotações do cereal exibem ligeiras perdas entre 0,25 e 1,52%, por volta das 12h34 (horário de Brasília) na BM&F Bovespa. O vencimento novembro/16 era cotado a R$ 47,65 a saca, já o janeiro/17 era negociado a R$ 47,80 a saca. Apenas o setembro/16, referência para a safrinha, exibia ligeira alta, de 0,19%, a R$ 46,89 a saca.

Apesar das oscilações negativas, as cotações futuras do milho refletem a situação do mercado brasileiro. A quebra na safrinha de milho do país pode superar os 20%, segundo as projeções dos analistas. Cenário decorrente do período seco registrado em abril e também das recentes geadas. Além disso, muitos produtores que conseguiram colher estão segurando o produto à espera de valores mais altos.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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