Milho: Focado no clima e no bom desenvolvimento da safra nos EUA, mercado amplia perdas em Chicago
Durante o pregão desta terça-feira (19), as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. As principais posições da commodity registravam quedas entre 8,25 e 10,25 pontos, por volta das 11h19 (horário de Brasília). O contrato setembro/16 era cotado a US$ 3,46 por bushel, já o dezembro/16 era negociado a US$ 3,53 por bushel. No mesmo horário, o maio/17 operava a US$ 3,67 por bushel, com desvalorização de 9 pontos.
"Os futuros de grãos são mais baixos nesta terça-feira, devolvendo os ganhos recentes diante das boas classificações das culturas. E também frente às perspectivas de que o calor intenso previsto para o Meio-Oeste dos EUA tenha uma menor duração", disse Bryce Knorr, editor e analista de mercado do site internacional Farm Futures.
O mercado segue extremamente sensível às informações sobre o clima nos Estados Unidos. Isso porque, a safra americana ainda se consolida, uma vez que 56% das lavouras ainda estão em fase de espigamento, conforme números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no final da tarde desta segunda-feira. Para essa temporada, a projeção é que sejam colhidas pouco mais de 369 milhões de toneladas.
O órgão ainda manteve em 76% o percentual de lavouras em boas ou excelentes condições, 19% têm condições regulares e 5% apresentam condições ruins ou muito ruins. Segundo das agências internacionais, algumas localidades de Iowa e Illinois ainda devem receber chuvas entre hoje e amanhã.
Já nos próximos dias, entre 26 de julho a 1 de agosto, as temperaturas deverão ficar mais altas no Meio-Oeste, conforme ainda previsão do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país. No caso das chuvas, as precipitações ainda deverão ficar abaixo da média no mesmo intervalo.
BM&F Bovespa
Enquanto isso, na BM&F Bovespa as cotações futuras do milho trabalham em campo negativo na sessão desta terça-feira (19). As principais posições do cereal exibiam perdas entre 0,73% e 1,05%, por volta das 11h34 (horário de Brasília). O vencimento setembro/16, referência para a safrinha, era cotado a R$ 46,37 a saca. O janeiro/17 era negociado a R$ 47,65 a saca.
Os preços passam por uma correção depois das altas recentes. Os investidores ainda acompanham as informações vindas dos campos em meio ao avanço dos trabalhos de colheita da safrinha. Em muitas regiões, a colheita já está adiantada e os produtores reforçam a queda na produtividade das lavouras nesta temporada. Além disso, a retração vendedora também tem contribuído para a firmeza dos preços.