Em Chicago, milho tenta dar continuidade ao movimento positivo e testa leves altas na manhã desta 4ª feira
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho iniciaram a sessão desta quarta-feira (13) com leves altas. Por volta das 7h23 (horário de Brasília), as principais posições do cereal registravam ganhos entre 2,75 e 4,75 pontos. O vencimento julho/16 era cotado a US$ 3,53 por bushel, o setembro/16 era negociado a US$ 3,56 por bushel. Já o março/17 operava a US$ 3,72 por bushel.
O mercado tenta dar continuidade ao movimento positivo iniciado nesta terça-feira. Ainda ontem, as cotações da commodity finalizaram o dia com valorizações entre 4,75 e 6 pontos. E, segundo informações das agências internacionais, os preços do cereal foram impulsionados pelos novos números de oferta e demanda reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Apesar do aumento na produção e nos estoques finais, a projeção dos estoques finais da safra 2016/17 ficou abaixo do esperado pelos investidores. O número ficou em 52,86 milhões de toneladas, contra as 55,6 milhões de toneladas estimadas pelos participantes do mercado.
Além disso, o órgão ainda estimou a produção total de milho 2015/16 do Brasil em 70 milhões de toneladas. Em junho, o número era de 77,5 milhões de toneladas. "E, por isso, as projeções para as exportações norte-americanas foram revistas diante da perspectiva de uma safra menor no Brasil, o que deverá fazer com que os compradores internacionais se voltem aos Estados Unidos", reportou o site Farm Futures. O país deverá exportar 52,07 milhões de toneladas do cereal ao longo da temporada.
Após a divulgação dos números, os investidores deverão acompanhar ainda mais de perto a situação do clima nos Estados Unidos, até mesmo para ver se a previsão de uma safra de 369,34 milhões de toneladas irá se confirmar. No caso do cereal, as lavouras estão em fase de polinização, uma das mais importantes para a cultura e de definição de produtividade. Até o último domingo, em torno de 76% das plantações apresentavam boas ou excelentes condições, segundo dados do USDA.
Em relação ao clima, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - aponta que, no período de 18 a 22 de julho, grande parte dos EUA ficará com temperaturas bem acima da normalidade. Já as chuvas, deverão ficar abaixo da média no mesmo intervalo.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Em Chicago, mercado reflete números do USDA e encerra o pregão desta 3ª feira com leve alta
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta terça-feira (12) do lado positivo da tabela. As principais posições da commodity exibiram valorizações entre 4,75 e 6,00 pontos, após operar em boa parte do dia com ligeira movimentação. O vencimento julho/16 era cotado a US$ 3,49 por bushel, enquanto o dezembro/16 era negociado a US$ 3,60 por bushel. Já o março/17 encerrou a sessão a US$ 3,68 por bushel.
De acordo com informações das agências internacionais, os preços foram influenciados pelos novos números de oferta e demanda, reportados hoje pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). "No caso do milho, especialmente porque as os estoques finais do cereal não subiram tanto quando os investidores esperavam", informou o site Agrimoney.
Nos EUA, os estoques finais do grão da safra 2016/17 foram projetados pelo órgão em 52,86 milhões de toneladas. Apesar de ficar acima do que o boletim de junho, de 51 milhões de toneladas, a projeção ficou abaixo das apostas dos participantes do mercado, de 55,6 milhões de toneladas de milho.
Já no caso das exportações, o departamento também revisou para cima as estimativas. A perspectiva é que sejam exportadas 52,07 milhões de toneladas do cereal ao longo da temporada. No mês anterior, o USDA indicou o número próximo de 49,53 milhões de toneladas. "As projeções para as exportações norte-americanas foram revistas diante da perspectiva de uma safra menor no Brasil, o que deverá fazer com que os compradores internacionais se voltem aos Estados Unidos", reportou o site Farm Futures.
No caso da safra, a estimativa é que os produtores colham 369,34 milhões de toneladas de milho na safra 2016/17. O volume ficou ligeiramente acima do estimado pelos investidores, de 369,13 milhões de toneladas. A produtividade das lavouras ficou em linha com o boletim anterior, de 177,8 sacas por hectare. Já a área cultivada com confirmada em 38,08 milhões de hectares para essa temporada. O milho destinado à produção de etanol ficou em 133,99 milhões de toneladas, contra as 134,63 milhões de toneladas projetadas no mês de junho.
Contudo, o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, reforça que o relatório foi baixista para os preços do milho, uma vez que indicou um aumento na safra e estoques globais. "Os números indicam que não teremos uma escassez do produto no mercado mundial", disse.
A safra global de milho do ciclo 2016/17 foi estimada em 1.010,74 bilhão de toneladas, frente as 1.011,77 bilhão de toneladas projetadas em junho. Os estoques finais ficaram em 208,39 milhões de toneladas, contra as 205,12 milhões de toneladas divulgadas anteriormente.
Clima nos EUA
Após o boletim do USDA, os participantes do mercado devem voltar as atenções para o andamento da produção norte-americana e, especialmente no comportamento climático no país. Novos mapas climáticos indicam um tempo mais quente e com menor acumulado de chuvas nos dias 18 a 24 de julho, conforme projeção do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país.
Ainda nesta segunda-feira (11), o departamento norte-americano divulgou seu novo boletim de acompanhamento de safras. O índice de lavouras em boas ou excelentes condições subiu de 75% para 76%. Em torno de 32% das plantações estão em fase de espigamento, na semana anterior, o percentual era de 15% e a média dos últimos cinco anos é de 26%.
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Mercado no Brasil
Na BM&F Bovespa, os futuros do milho finalizaram o pregão desta terça-feira (12) em campo misto. As principais posições do cereal registraram leves perdas entre 0,11% e 1,02%. O vencimento julho/16 era cotado a R$ 42,37 a saca, já o setembro/16, referência para a safrinha era negociado a R$ 43,70 a saca. Apenas os contratos março/17 e maio/17 fecharam o dia com altas, cotados a R$ 45,48 a saca e R$ 42,74 a saca, respectivamente. No Porto de Paranaguá, o dia foi de estabilidade, com a saca para entrega em setembro/16 em R$ 34,00.
Enquanto isso, no mercado interno, as atenções estão voltadas ao andamento da colheita da segunda safra. E, em muitas regiões do país, a quebra na produção de milho vai se confirmando à medida que os trabalhos nos campos têm evoluído. Para essa temporada, a perspectiva é que sejam colhidas ao redor de 43 milhões de toneladas de milho na segunda safra, conforme projeção oficial da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
No maior estado produtor, o Mato Grosso, até o momento, pouco mais de 37,41% da área plantada já foi colhida. As informações foram divulgadas pelo Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) em seu último informe de colheita. Já no Paraná, a colheita já está completa em 42% da área cultivada, os dados são do Deral (Departamento de Economia Rural).
Ainda essa semana, o Cepea reportou que a redução da safra estimada pela Conab voltou a preocupar os compradores. "Diante disso, produtores se retraíram ainda mais e o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas-SP), que vinha em forte queda desde meados de junho", informou o centro em nota.