Novo recuo na produção brasileira de milho reforça quebra, aponta INTL FCStone

Publicado em 07/07/2016 10:31
Estimativa da INTL FCStone aponta recuo na ‘safrinha’ para 47,3 milhões de toneladas

Com o avanço da colheita no Brasil, a segunda safra de milho tem confirmado as expectativas de queda de produção no ciclo 2015/16. De acordo com a revisão da consultoria INTL FCStone, divulgada nesta quarta-feira (06), devem ser retirados do solo 47,3 milhões de toneladas do cereal correspondente à safra de inverno.

Para a analista de mercado do grupo, Ana Luiza Lodi, novos cortes de produtividade nos estados do Centro–Oeste foram muito afetados pela seca ocorrida em abril. “Produtores reportam, inclusive, algumas áreas onde não vale a pena nem realizar a colheita”, ressalta.

Segundo os cálculos apresentados pela INTL FCStone, 93% do recuo na produção de milho de inverno, da revisão de julho, corresponde às perdas do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. O relatório também aponta que, por outro lado, houve uma leve revisão na área plantada para cima, alcançando 10,19 milhões de hectares. De acordo com a Ana Luiza, “estados não tão tradicionais da produção de milho de inverno, como Minas Gerais e São Paulo, apostaram mais na cultura”.

Para o ciclo de verão, não houve mudanças na área plantada, mas o rendimento foi reduzido, com destaques para as áreas do MATOPIBA (região que engloba os estados Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que sofreram com um clima adverso. Diante desse cenário, a produção da primeira safra foi ajustada para 26,67 milhões de toneladas. A produção brasileira de milho, portanto, deve ser fechada em 74 milhões de toneladas no ciclo 2015/16.

Balanço

Ainda segundo análise da INTL FCStone, as exportações foram reduzidas para 20 milhões de toneladas no ciclo 2015/16, em meio à quebra de safra, uma vez que mais produto deve ser direcionado para o mercado interno, e novos cortes poderão ocorrer no futuro. Diminuiu-se também o consumo interno. “Neste cenário, os estoques finais ficariam em 3,9 milhões de toneladas, um volume ainda mais baixo que em anos anteriores”, resume Ana Luiza Lodi.

Fonte: INTL FCStone

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