Milho: Na BM&F, mercado inicia a semana em campo misto, próximo da estabilidade
As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa operam em campo misto no pregão desta segunda-feira (4). Por volta das 12h20 (horário de Brasília), os principais vencimentos do cereal exibiam ganhos entre 0,07% e 1,14%. O contrato setembro/16, referência para a safrinha brasileira, mantinha a estabilidade cotado a R$ 39,80 a saca. Apenas a posição novembro/16 recuava cerca de 0,28%, negociada a R$ 43,41 a saca.
Sem a referência da Bolsa de Chicago (CBOT), devido ao feriado do Dia da Independência, os preços caminham conforme o comportamento do câmbio. Por sua vez, a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,2464, com alta de 0,42% perto das 12h20 (horário de Brasília). De acordo com o site G1, o dólar trabalha em alta em mais um dia de interferência do Banco Central no mercado.
Ainda hoje, o Cepea reportou que o Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa (Campinas - São Paulo) fechou o mês de junho a R$ 49,12 a saca, com queda de 4,46% em relação ao mês anterior. Contudo, a média ainda está 96% acima do registrado em junho do ano passado, em termos nominais.
"Segundo pesquisadores do Cepea, compradores seguem pressionando as cotações do cereal, atentos ao avanço da colheita da segunda safra. Vendedores, por sua vez, apostam que a menor produtividade no campo deve sustentar as cotações. Nesse ambiente, as negociações seguem lentas, tanto no mercado spot quanto no a termo", informou o centro em nota.
Enquanto isso, no mercado interno as cotações permanecem pressionadas, especialmente devido ao avanço da colheita da safrinha. A projeção é que sejam colhidas ao redor de 49 milhões de toneladas na safrinha. Em algumas praças, o recuo nos preços já supera R$ 10,00 por saca, segundo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas.
"É normal que os preços recuem no segundo semestre, com o avanço da colheita da safrinha, que se tornou a safra principal. Porém, só iremos saber se o preço irá cair ainda mais com os resultados da safrinha e o comportamento do mercado em Chicago. Porque isso também influencia o preço de exportação e, consequentemente, as cotações no mercado interno", disse a economista da Faep (Federação de Agricultura do Estado do Paraná), Tânia Moreira.