Milho: Em véspera de feriado nos EUA, mercado mantém tom negativo no pregão desta 6ª feira em Chicago
Durante o pregão desta sexta-feira (1), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento negativo. As principais posições do cereal permanecem abaixo do patamar de US$ 4,00 por bushel. Perto das 12h57 (horário de Brasília), o vencimento setembro/16 era cotado a US$ 3,61 por bushel, com queda de mais de 5 pontos.
"Os preços dos grãos continuam ligeiramente mais baixos, uma vez que os comerciantes já se preparam para o final de semana prolongado nos Estados Unidos", disse Bryce Knorr, analista e editor do portal Farm Futures. Na próxima segunda-feira (4), não haverá pregão na Bolsa de Chicago devido ao feriado do Independence Day.
Ainda de acordo com informações das agências internacionais, o mercado ainda sente a pressão dos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), reportados nesta quinta-feira (30). Ainda ontem, o órgão indicou um aumento 7% na área plantada com o cereal na safra 2016/17 em relação ao ciclo anterior. No total, os produtores norte-americanos semearam 38,08 milhões de hectares com o grão. O número ficou acima das apostas dos participantes do mercado.
Outro dado que também pesou sobre os preços foi o número dos estoques de milho, projetados em 119,89 milhões de toneladas, um aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. As estimativas dos participantes do mercado giravam entre 112,71 milhões de toneladas e 117,48 milhões de toneladas.
"Daqui para frente, os comerciantes irão se concentrar no clima, com o interesse atual da polinização das próximas duas semanas para o milho. E, por enquanto, as previsões climáticas indicam chuvas para a metade sul do Meio-Oeste dos EUA nos próximos 6 a 10 dias. Já as projeções de 8 a 14 dias mostram chuvas e clima mais quente", disse Knorr.
BM&F Bovespa
Enquanto isso, na BM&F as principais posições do cereal buscam uma reação depois das perdas recentes. Assim, perto das 12h41 (horário de Brasília), as principais posições exibiam altas entre 0,48% e 1,41%. O contrato setembro/16, referência para a safrinha era cotado a R$ 39,90 a saca. Apenas o novembro/16 tinha leve queda, de 0,23%, negociado a R$ 43,60 a saca.
O mercado ainda encontra suporte na valorização cambial. Ainda hoje, a moeda avançava 0,57 %, a R$ 3,2315 reais na venda. Segundo a agência Reuters, o dólar voltou a subir depois do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmar que foi aberta uma janela que permite a redução do estoque de swaps tradicionais, que equivalem a venda futura de dólares.
Do mesmo modo, a colheita do milho safrinha no Brasil continua sendo observada pelos investidores. Nos principais estados produtores, Mato Grosso e Paraná, os agricultores têm conseguido evoluir com os trabalhos nos campos.