Milho: De olho no comportamento do clima nos EUA, mercado amplia perdas na CBOT nesta 2ª feira

Publicado em 20/06/2016 08:39

Ao longo do pregão desta segunda-feira (20), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. Por volta das 11h46 (horário de Brasília), as principais posições da commodity registravam desvalorizações entre 10 e 12,75 pontos. O vencimento julho/16 era US$ 4,25 por bushel e o março/17 a US$ 4,41 por bushel.

De acordo com as informações do noticiário internacional, as cotações do cereal passam por uma correção técnica depois das recentes valorizações. "Os futuros dos grãos são mais baixos essa manhã, atingidos por uma realização de lucros após previsões climáticas indicarem um clima um pouco mais frio e úmido para as próximas duas semanas", pondera o editor e analista de mercado da Farm Futures, Bryce Knorr.

Nos últimos dias, os mapas climáticos têm sido o foco dos participantes do mercado. Até a semana anterior, em torno de 75% das lavouras do cereal apresentam boas ou excelentes condições. 21% das plantações estão em situação regular e 4% em condições ruins ou muito ruins, conforme dados reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O órgão atualiza as informações no final da tarde de hoje.

"No relatório de hoje poderíamos ver uma queda no percentual de lavouras classificadas em boas ou excelentes condições ao redor de 3% . O cenário seria decorrente ao calor em algumas regiões", explica Knorr. Os investidores estão muito atentos ao clima, já que em meados de julho, algumas lavouras do cereal já entram em fase de polinização, uma das mais importantes e, decisivas para a produtividade.

Paralelamente, as informações vindas do mercado financeiro permanecem no foco dos participantes do mercado. "Temos a desaceleração do dólar, o bom humor de outros mercados e os investidores comprando mais ações e petróleo. Além disso, a incerteza sobre a permanência ou não do Reino Unido na Zona do Euro contribuem para a pressão sobre os preços", destaca Knorr.

BM&F Bovespa

Enquanto isso, a sessão desta segunda-feira (20) também é negativa aos preços do milho na BM&F Bovespa. As principais posições do cereal registravam perdas entre 1,48% e 2,28%, por volta das 11h59 (horário de Brasília). O vencimento julho/16 era cotado a R$ 44,95 a saca, enquanto o setembro, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 42,07 a saca.

Além das perdas em Chicago, a bolsa brasileira também é pressionada pela queda no dólar. Perto das 12 horas (horário de Brasília), a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,3821, com perda de 1,08%. Segundo o site G1, os investidores permanecem atentos ao cenário externo diante da perspectiva menor de uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia.

Por outro lado, o avanço da colheita em muitas regiões também tem pressionado as cotações do cereal. Esse é um movimento natural e já havia sido alertado pelos analistas de mercado. Em meio à evolução dos trabalhos nos campos, a perspectiva é que os valores se acomodem em patamares mais baixos.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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