Milho: À espera do boletim do USDA, mercado opera próximo da estabilidade no pregão desta 6ª feira na CBOT
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta sexta-feira (10) próximas da estabilidade. As principais posições do cereal exibiam leves quedas, entre 0,50 e 0,75 pontos, por volta das 7h40 (horário de Brasília). O vencimento julho/16 estava estável em US$ 4,26 por bushel e o março/17 era negociado a US$ 4,37 por bushel.
Os investidores operam em compasso de espera para o novo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado nesta sexta-feira. Os participantes do mercado apostam em uma ligeira redução nos estoques finais dos EUA da safra 2015/16.
A estimativa média do milho é de 45,04 milhões de toneladas, contra as 45,08 milhões estimadas pelo USDA em maio. Na safra 2014/15, o número foi de 45,8 milhões. No caso da safra global, os estoques poderão recua de 207,9 milhões para 205,7 milhões de toneladas nesta temporada.
Para a nova temporada, 2016/17, os traders esperam a produtividade das lavouras americanas em 177,6 sacas, contra 177,8 de maio e 178,22 da safra anterior. A produção deverá ficar próxima 352,77 milhões e 367,25 milhões de toneladas, com média de 364,84 milhões. No reporte anterior, a safra norte-americana veio estimada em 366,54 milhões, enquanto a 2015/16 somou 345,48 milhões de toneladas.
Desde ontem, os investidores já buscaram um melhor posicionamento frente ao novo relatório do departamento. Nesta quinta-feira, os preços recuaram devido à valorização do dólar e a queda nos preços do petróleo, conforme destacam as agências internacionais. O clima e o andamento da safra norte-americana ainda continuam no radar dos participantes do mercado.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Milho: Na BM&F, preços têm nova alta nesta 5ª feira frente às previsões de geada no Paraná e ganhos no dólar
Nesta quinta-feira (9), as cotações futuras do milho encerraram o pregão em campo positivo na BM&F Bovespa. As principais posições do cereal exibiram ganhos entre 0,45% e 1,31%. O contrato julho/16 era cotado a R$ 46,25 a saca, já o setembro, referência para a safrinha brasileira, subiu 1,10%, negociado a R$ 43,25 a saca.
Os analistas reforçam que os participantes do mercado ainda acompanham as informações sobre o clima no Brasil, especialmente no Paraná. Isso porque, o Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná) manteve o alerta de geada para os próximos dias. Nesta sexta-feira (10), geadas de forte intensidade deverão ocorrer nas regiões de Francisco Beltrão, Pato Branco, Laranjeiras do Sul, Ponta Grossa, Palmas, Irati, Castro e também Cascavel.
Fonte: Simepar
Já no sábado, as geadas mais fortes serão observadas nas localidades de Pato Branco, Palmas, Irati, Ponta Grossa, Castro, Ivaiporã, Laranjeiras do Sul e Francisco Beltrão. Ainda não há relatos oficiais sobre perdas na produção de milho safrinha no estado, porém, o analista de milho do Deral (Departamento de Economia Rural), Edmar Gervásio, disse em recente entrevista ao Notícias Agrícolas que 50% das lavouras ainda estavam suscetíveis ao clima.
Fonte: Simepar
Além disso, a alta do dólar também contribui para o impulso nos preços. A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,4035 na venda, com alta de 1%. Segundo dados da agência Reuters, o ganho é uma reação ao mau humor nos mercados externos e também a ajustes técnicos, mesmo com a ausência de novas intervenções do Banco Central no mercado.
Enquanto isso, no Porto de Paranaguá, a saca para entrega setembro permaneceu estável em R$ 38,00. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), os preços recuaram 8,33% e retornaram ao patamar de R$ 44,00. Em Assis (SP), a queda foi menor, de 2,66%, com a saca a R$ 42,79. Nas demais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.
De forma geral, as cotações ainda seguem firmes apesar do avanço da colheita da safrinha. O suporte é decorrente da apertada relação entre oferta e demanda. Porém, os especialistas já haviam alertado que as cotações deveriam se acomodar em patamares mais baixos frente ao andamento da colheita da segunda safra. De acordo com levantamento da consultoria Safras & Mercado, a área colhida já supera 1,5% em todo o Brasil.
No caso do Paraná, cerca de 3% da área já foi colhida, ainda conforme dados do Deral. Já no Mato Grosso, a área colhida já chega a 2,81%, segundo levantamento do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) reportou novo boletim de acompanhamento de safras e estimou a safrinha em 49,99 milhões de toneladas nesta temporada. No relatório anterior, a safrinha foi projetada em 52,9 milhões de toneladas.
Ainda hoje, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, reportou que o Governo vai autorizar a venda de 500 mil toneladas de milho. A resolução do Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep) foi acertada em sua última reunião e será publicada nos próximos dias no Diário Oficial da União.
“A medida visa conter a alta dos preços no mercado interno das carnes de frango e de suínos, que têm no cereal a base da alimentação”, disse o secretário. Os estoques públicos do cereal continuam baixos e totalizam 895.515 mil toneladas atualmente, segundo dados disponíveis no site da Conab.
Bolsa de Chicago
Após 6 pregões em alta, as cotações futuras do milho recuaram nesta quinta-feira (9) na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal acumularam desvalorizações entre 3,00 e 4,75 pontos. O vencimento julho/16 era cotado a US$ 4,26 por bushel, enquanto o dezembro/16 era negociado a US$ 4,33 por bushel.
"O mercado passou por uma correção técnica depois dos ganhos recentes", disse Bob Burgdorfer, analista e editor da Farm Futures. Por outro lado, os investidores também buscaram um melhor posicionamento frente ao relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado nesta sexta-feira (10).
A perspectiva é que haja uma ligeira redução nos estoques finais dos EUA da safra 2015/16. A estimativa média do milho é de 45,04 milhões de toneladas, contra as 45,08 milhões estimadas pelo USDA em maio. Na safra 2014/15, o número foi de 45,8 milhões. No caso da safra global, os estoques poderão recua de 207,9 milhões para 205,7 milhões de toneladas nesta temporada.
Da safra nova, 2016/17, os traders esperam a produtividade das lavouras americanas em 177,6 sacas, contra 177,8 de maio e 178,22 da safra anterior. A produção deverá ficar próxima 352,77 milhões e 367,25 milhões de toneladas, com média de 364,84 milhões. No reporte anterior, a safra norte-americana veio estimada em 366,54 milhões, enquanto a 2015/16 somou 345,48 milhões de toneladas.
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Ainda nesta quinta-feira, o USDA reportou a venda de 116.360 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2015/16. Já as vendas semanais foram projetadas em 1.679,3 milhão de toneladas do cereal até a semana encerrada no dia 2 de junho. Do total, 1.558,9 milhão de toneladas são referentes à safra 2015/16 e, o restante, de 120,4 mil toneladas da temporada 2016/17. As expectativas do mercado estavam entre 1 milhão a 1,5 milhão de toneladas.
O clima ainda continua em pauta nos Estados Unidos. Até o momento, as previsões climáticas indicam clima mais quente e seco nas próximas semanas, sobre as principais áreas produtores do Corn Belt.