Milho: Na CBOT, mercado exibe leves altas, mas ainda opera bem próximo da estabilidade nesta 6ª feira
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) trabalham bem próximas da estabilidade ao longo do pregão desta sexta-feira (3). Por volta das 12h47 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam leves altas, entre 0,25 e 1,25 pontos. O contrato março/17 era cotado a US$ 4,23 por bushel. Apenas o vencimento julho/16 era negociado com leve queda, de 0,50 pontos, a US$ 4,14 por bushel.
Em meio à finalização do plantio nos Estados Unidos, os investidores voltam a sua atenção para as previsões climáticas, disse o analista e editor do portal Farm Futures, Bryce Knorr. De acordo com dados do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - nos próximos 7 dias, o Corn Belt ainda deve receber chuvas. Já as previsões mais alongadas indicam tempo mais seco e temperaturas mais altas.
No caso das chuvas, a preocupação está relacionada com o solo, que em muitas regiões está encharcado. A semeadura está na reta final, cerca de 94% da área esperada já foi plantada e, o replantio seria inviável aos produtores americanos, caso houvesse algum problema em relação ao clima.
Por outro lado, a demanda continua em pauta no mercado. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que até a semana encerrada no dia 26 de maio, as vendas de milho ficaram 1.446, 8 milhão de toneladas. Da safra 2015/16, foram negociadas 1.317,9 milhão de toneladas. Já da temporada 2016/17, o número ficou em 128,9 mil toneladas.
As expectativas dos participantes do mercado giravam entre 1 milhão a 1,5 milhão de toneladas do cereal. Em comparação com a semana anterior, o número representa uma queda de 5%, porém, em relação ao mesmo período do ano anterior e a média das últimas quatro semanas, a alta é da ordem de 12%.
BM&F Bovespa
Na BM&F, a sessão desta sexta-feira (3) também é de ligeira movimentação aos preços futuros do milho. Perto das 12h34 (horário de Brasília), os principais contratos exibiam perdas entre 0,11% e 0,21%. O vencimento julho/16 era cotado a R$ 45,60 a saca. O setembro/16, referência para a safrinha brasileira, registrava leve alta, de 0,14%, cotado a R$ 42,71 a saca.
Além da pressão do início da colheita da safrinha no Brasil, a queda do dólar também contribui para o cenário. A moeda norte-americana era cotada a R$ 3,5399 na venda, com desvalorização de 1,32%, por volta das 12h39 (horário de Brasília). O movimento é decorrente dos números das vagas de emprego nos Estados Unidos, que ficaram aquém do esperado no mês de maio, fator que enfraqueceu as expectativas de aumento na taxa de juros no país. O quadro político brasileiro também continua em pauta, segundo dados reportados pelo site G1.