Milho: Após ganhos recentes, mercado exibe ligeiras quedas na manhã desta 4ª feira em Chicago
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta quarta-feira (18) com ligeiras quedas, próximas da estabilidade. As principais posições do cereal exibiam perdas entre 0,50 e 1,50 pontos, por volta das 8h20 (horário de Brasília). O vencimento julho/16 era cotado a US$ 3,96 por bushel e o setembro/16 a US$ 3,99 por bushel. Os contratos mais distantes já operam acima dos US$ 4,00 por bushel.
O mercado voltou a exibir leve queda, após encerrar o dia anterior do lado positivo da tabela. A informação do plantio norte-americano do grão um pouco mais lento acabou contribuindo para a sustentação das cotações, conforme dados reportados pelas agências internacionais. Segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) até o último domingo, cerca de 75% da área esperada para essa temporada já havia sido semeada.
O percentual está abaixo do registrado em igual período do ano anterior, de 82%. Além disso, há relatos de atrasos nos trabalhos nos campos, especialmente nos estados de Indiana e Ohio devido às chuvas recentes.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Em Chicago, mercado tem nova alta no pregão desta 3ª feira e se aproxima dos US$ 4,00/bushel
As cotações futuras do milho encerraram o pregão desta terça-feira (17) com ligeiras altas na Bolsa de Chicago (CBOT). Os principais contratos do cereal finalizaram o dia com valorizações entre 3,00 e 3,75 pontos e os primeiros contratos se aproximaram dos US$ 4,00 por bushel. A posição julho era cotada a US$ 3,97 por bushel, enquanto o dezembro/16 era negociado a US$ 4,03 por bushel.
De acordo com informações de agências internacionais, o foco dos investidores permanece na evolução do plantio da nova safra norte-americana. Nesse contexto, as especulações em relação às previsões climáticas ganham a atenção dos participantes do mercado. Dados oficiais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), reportados nesta segunda-feira, apontam para a semeadura completa em 75% da área esperada para essa temporada.
O número divulgado ficou em linha com as apostas do mercado, porém, ainda abaixo do observado no mesmo período do ano anterior, de 82%. "Chuvas generalizadas no Meio-Oeste têm abrandado o plantio, mas condições mais secas estão previstas ainda essa semana, embora o clima frio permanecerá", disse Bob Burgdorfer, analista e editor do portal Farm Futures.
Grande parte dos atrasos indicados pelo USDA na semeadura do grão são registrados nos estados de Indiana e Ohio. "Até o último domingo, em torno de 45% da área havia sido semeada em Indiana e 34% em Ohio, contras as suas médias de 61% e 54%, respectivamente", completa Burgdorfer. Inclusive, os analistas ponderam que esse deverá ser o foco do mercado, o andamento da safra e o comportamento do clima nos EUA.
Mercado interno
Na BM&F Bovespa, o pregão desta terça-feira (17), as cotações da commodity finalizaram o dia em campo misto. As primeiras posições recuaram entre 0,34% e 0,38%. Ainda assim, o vencimento setembro/16, referência permanece acima dos R$ 43,00 a saca, cotado a R$ 43,46 a saca. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Bitencourt Lopes, desde 1º de janeiro a 16 de maio, o contrato subiu mais de 20,30%.
Em contrapartida, as posições mais longas exibiram leves altas, entre 0,02% e 0,22%. O vencimento novembro/16 era cotado a R$ 44,70 a saca e o janeiro/17 a R$ 46,00 a saca. Apesar da influência do dólar, as cotações ainda seguem firmes dado o desequilíbrio entre oferta e demanda observados no mercado brasileiro nesse instante.
A baixa disponibilidade de oferta do cereal também tem sido a principal alavanca de sustentação às cotações no mercado doméstico. Ainda segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, algumas praças como Sorriso (MT) registraram valorização de mais de 20%, no período comparativo de 1 de abril a 16 de maio. Na localidade, a saca subiu de R$ 30,00 para R$ 36,00.
Nesta terça-feira, apenas nas praças de Não-me-toque (RS) e Avaré (SP) as cotações subiram. Na primeira, a alta foi de 1,12%, com a saca a R$ 45,00, já na segunda, o ganho ficou em 2,39% e a saca em R$ 42,01. Em Ponta Grossa (PR), a cotação recuou 1,89% e fechou o dia a R$ 52,00. Nas demais praças pesquisadas o dia foi de estabilidade. No Porto de Paranaguá, a saca para entrega em setembro/16 permaneceu estável em R$ 35,00.
O cenário é tão grave que as importações de milho já totalizam 243,6 mil toneladas, no acumulado do ano, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). O Paraná foi o estado brasileiro que mais importou até o momento, com a aquisição de 110,3 mil toneladas de janeiro a abril de 2016. Em segundo lugar está Santa Catarina com 46,15 mil toneladas do cereal. Já os estoques públicos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estão próximos de 900 mil toneladas do cereal, bem abaixo do consumo mensal do país, próximo de 4,5 milhões de toneladas.
Paralelamente, ainda há as preocupações com a safrinha brasileira. Diante das altas temperaturas e da ausência de chuvas registradas em abril há muitas projeções em relação à quebra na produção. Por enquanto, não há um número concreto, uma vez que os produtores não iniciaram a colheita do grão. Entretanto, muitas consultorias privadas e analistas estimam perdas acima dos 10 milhões de toneladas.