‘Safrinha’ puxa produção brasileira de milho para baixo, calcula INTL FCStone
Novos ajustes na estimativa de safra de milho para o ciclo 2015/16 revertem expectativa de crescimento para a produção brasileira. Quem afirma é a consultoria INTL FCStone, que reduziu nesta quarta-feira (04) seu número para 77,9 milhões de toneladas, uma queda de 8% em relação ao número de abril, quando a produção esperada estava em 84,6 milhões de toneladas.
A redução decorre das expectativas em relação aos números da safra de inverno, que sentiu os efeitos de um clima atípico em abril. O relatório divulgado atenta que o clima seco deve afetar o potencial produtivo do milho de inverno em todo o país, o que não inibe uma possibilidade de melhora em caso de umidade.
“No momento as atenções estão voltadas para o clima em maio, pois um volume de precipitações adequado tenderia a favorecer alguma capacidade de recuperação de parte das plantas”, observa a Analista de Mercado da consultoria, Ana Luiza Lodi.
Apesar das incertezas, a INTL FCStone estimou a produção da safrinha em 49,8 milhões de toneladas (contra 56,6 milhões de toneladas no mês anterior, um recuo de quase 12%), devido à queda esperada na produtividade, cuja média para o Brasil ficou em 4,92 toneladas por hectare.
Já as estimativas para a primeira safra foram mantidas inalteradas, em relação a abril, com uma produção de 28 milhões de toneladas.
Distante dos 100 milhões de toneladas
Para a soja, a INTL FCStone fez um novo ajuste para baixo na produção brasileira, que deve ficar em 96,5 milhões de toneladas, um volume que, apesar de recorde, está muito aquém do potencial esperado incialmente, quando as estimativas ultrapassavam as 100 milhões de toneladas.
De acordo com a Coordenadora de Inteligência de Mercado da consultoria, Natália Orlovicin, “o efeito climático foi percebido e as reduções de produtividade se tornaram certas”.