Milho: Mercado dá continuidade ao movimento positivo e exibe leve alta na manhã desta 6ª feira em Chicago
As cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta sexta-feira (4) do lado positivo da tabela. As principais posições do cereal exibiam ganhos entre 1,25 e 1,75 pontos, por volta das 9h18 (horário de Brasília). O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,55 por bushel, enquanto o maio/16 era negociado a US$ 3,58 por bushel.
O mercado tenta dar continuidade ao movimento positivo iniciado no dia anterior. Ainda nesta quinta-feira (3), as cotações do cereal acumularam ligeiras altas, com o suporte das vendas para exportação, anunciadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana encerrada no dia 25 de fevereiro, as vendas do milho totalizaram 1.097 milhão de toneladas, uma alta de 18% em relação à semana anterior.
Contudo, os analistas ainda reforçam que faltam novas informações para mudar o atual cenário de preços praticados em Chicago. Em meio a essa ausência de novidades, as cotações seguem sendo influenciadas pelos dados vindos do financeiro.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Milho: Com influência do câmbio, preço recua 1,45% em Paranaguá e saca é cotada a R$ 34 nesta 5ª feira
Nesta quinta-feira (3), o preço futuro do milho recuou 1,45% no Porto de Paranaguá, com a saca a R$ 34,00. No terminal de Rio Grande, a cotação manteve o patamar praticado ao longo do dia, em R$ 43,70 a saca. Em Sorriso (MT), a saca registrou queda expressiva, de 14% e voltou ao nível de R$ 21,50 a saca. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), o valor caiu 2,56%, com a saca cotada a R$ 38,00.
Novamente, as cotações foram influenciadas negativamente pela forte desvalorização registrada no dólar. A moeda norte-americana exibiu perda de 2,20% e fechou o pregão a R$ 3,8022 na venda, o nível é o menor em quase três meses. Na mínima da sessão, o dólar tocou o patamar de R$ 3,7767. Segundo dados da agência Reuters, a moeda recuou em uma reação à notícia de suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) na operação Lava Jato, que envolve a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ainda assim, nas praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade. Os analistas ainda ponderam que, a firmeza dos preços é decorrente do quadro de oferta e demanda no país. De um lado, a colheita ainda caminha mais lentamente em função das constantes chuvas na região Centro-Sul. No Rio Grande do Sul, a colheita já está completa em 50% da área semeada nesta temporada, conforme dados divulgados pela Emater/RS.
"A qualidade e a produtividade das lavouras têm sido em alguns casos superiores ao ano anterior. No momento os produtores já conseguiram colher 50% da área com a umidade do solo em ponto ideal, não comprometendo a compactação do solo. De agora em diante, o ritmo deverá ser menor, com o produtor dando preferência à soja, grão mais suscetível às intempéries", informou a entidade em seu último boletim técnico.
No caso do Paraná, a área colhida já está completa em 42%, de acordo com levantamento do Deral (Departamento de Economia Rural). Cerca de 90% das lavouras apresentam boas condições, 9% têm condições medianas e 1% apresentam condições ruins. O departamento informou ainda que cerca de 84% das plantações estão em fase de maturação.
Paralelamente, as demandas interna e externa continuam firmes pelo cereal brasileiro. As exportações do milho fecharam o mês de fevereiro em mais de 5,37 milhões de toneladas, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). O volume reportado ficou bem acima do registrado em igual período do ano anterior, de 1,1 milhão de toneladas do grão.
Entretanto, a perspectiva é que a partir de agora, os embarques da soja sejam mais fortes. Inclusive, os line-ups já mostram uma redução de navios para o carregamento do cereal no Porto de Santos e volumes menores no terminal de Paranaguá, segundo explicou o pesquisador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), Lucílio Alves, em recente entrevista ao Notícias Agrícolas.
Leilões da Conab
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) reportou nesta quinta-feira (3) que irá realizar mais dois leilões de vendas dos estoques públicos de milho na próxima quarta-feira (9). Mais uma vez, a entidade ofertará 150 mil toneladas do cereal. A primeira operação leiloará 39,07 mil toneladas do grão, enquanto que a segunda, irá ofertar 110,92 mil toneladas. Essa é a quinta operação realizada e o volume ofertado já supera o estimado inicialmente, de 500 mil toneladas.
BM&F Bovespa
Após os ganhos recentes, as cotações futuras do milho na BM&F Bovespa encerraram o pregão desta quinta-feira (3) em campo misto. As primeiras posições exibiram valorizações entre 0,75% e 1,57%, com o vencimento março/16 a R$ 45,40 a saca. Já o vencimento setembro/16 recuou 2,14% e terminou o dia a R$ 36,50 a saca.
Bolsa de Chicago
Mais uma vez, as cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta quinta-feira (3) próximas da estabilidade. Apenas o vencimento março/16 registrou leve queda, de 0,75 pontos, cotado a US$ 3,53 por bushel. As posições mais longas apresentaram ligeira alta, entre 0,25 e 0,75 pontos. O contrato maio/16 era negociado a US$ 3,56 por bushel e o setembro/16 a US$ 3,67 por bushel.
A falta de novas informações ainda persiste no mercado internacional, com isso, os preços continuam confinados no intervalo de US$ 3,50 por bushel a US$ 3,80 por bushel. Consequentemente, as cotações são influenciadas pelo andar do mercado financeiro, especialmente a economia da China. O comportamento dos preços do petróleo também tem influenciado o andamento dos preços da commodity.
Em meio a esse quadro, os fundos de investimentos permanecem ausentes do mercado e de ativos mais arriscados, como as commodities agrícolas. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou novo boletim de vendas para exportação.
Na semana encerrada no dia 25 de fevereiro, as vendas de milho somaram 1.097 milhão de toneladas, um ganho de 18% em relação à semana anterior e 25% em comparação com a média das últimas quatro semanas. No entanto, o volume reportado ficou dentro das expectativas dos investidores entre 700 mil a 1.100 milhão de toneladas.