Milho: Na BM&F, preços têm nova alta nesta 6ª feira com o suporte da valorização do câmbio
Depois de encerrar o dia anterior em campo misto, as cotações do milho negociadas na BM&F Bovespa voltaram a trabalhar do lado positivo da tabela nesta sexta-feira (12). Por volta das 12h52 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam ganhos entre 0,52% e 1,53%. O vencimento março/16 era cotado a R$ 41,70 a saca e o maio/16 a R$ 38,50 a saca.
Novamente, as cotações do cereal encontram suporte na valorização cambial. A moeda norte-americana era cotada a R$ 3,9974 na venda, com ganho de 0,34% próximo das 12 horas (horário de Brasília). Segundo dados do site G1, o dólar é influenciado pela cautela em relação à economia global e também das perspectivas fiscais no Brasil.
Apesar da alta do dólar, o preço do milho no Porto de Rio Grande estava em R$ 42,50, com queda de 1,16%. Já no mercado interno, os analistas ressaltam que as cotações começam a se acomodar em patamares mais baixos, diante do avanço da colheita da safra de verão, a redução no ritmo das exportações também dos leilões de vendas dos estoques públicos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A entidade realiza mais duas operações no próximo dia 16 de fevereiro, com volume total ofertado de 150 mil toneladas.
Bolsa de Chicago
Enquanto isso, na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho seguem com a movimentação técnica. Diante desse quadro, por volta das 13h10 (horário de Brasília), as principais posições do cereal trabalhavam em campo misto. Os primeiros contratos recuavam cerca de 0,25 pontos, com o março/16 cotado a US$ 3,60 por bushel. Apenas o vencimento dezembro/16 exibia leve alta, de 0,25 pontos, negociado a US$ 3,83 por bushel.
Em meio à escassez de novas informações que possam alavancar os preços e o feriado da próxima segunda-feira (15) nos Estados Unidos, em comemoração ao Dia do Presidente, o mercado tem ligeira movimentação. As vendas de milho nos EUA permanecem fracas, ainda ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que, na semana encerrada no dia 4 de fevereiro, as vendas do grão somaram 346,3 mil toneladas. E, mais uma vez, o volume ficou abaixo das expectativas dos investidores entre 800 mil a 1,1 milhão de toneladas.
Com isso, os participantes do mercado acompanham e buscam notícias sobre a safra na América do Sul. Ainda nesta quinta-feira, Bob Burgdorfer, analista e editor do portal Farm Futures, reportou que os mapas meteorológicos indicam chuvas leves a moderadas para o nordeste do país ainda essa semana, onde já há milho pronto para a colheita. Nos EUA, as especulações giram em torno da próxima safra 2016/17. Isso porque, ainda não definições por parte dos produtores rurais a respeito da área destinada à semeadura do grão.