Milho: Com USDA morno e financeiro negativo, mercado fecha em queda nesta 3ª em Chicago
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam a terça-feira (9) em baixa. O mercado internacional do grão registrou um novo dia de estabilidade e nem mesmo a chegada de novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu novo reporte mensal de oferta e demanda foram suficientes para renovar o fôlego dos negócios.
Os vencimentos mais negociados encerraram o dia perdendo engre 1 e 1,25 pontno e durante todo a sessão com oscilações bemm tímidas como esta e em baixa. Assim, o contrato março/16 fechou cotado a US$ 3,61 por bushel, enquanto o setembro/16 foi a US$ 3,76.
Para o grão, as mudanças trazidas pelo USDA foram mais expressivas no cenário da América do Sul, onde foram revisadas para cima tanto a safra do Brasil como da Argentina.
A produção brasileira foi elevada de 81,5 milhões para 84 milhões de toneladas, enquanto as exportações da safra 2015/16 passaram de 25,5 milhões para 28 milhões de toneladas, e os estoques finais, acompanharam, passando de 7,67 milhões para 8,17 milhões de toneladas de janeiro a fevereiro. A produção da Argentina também subiu e é agora estimada pelo USDA em 27 milhões de toneladas, contra 25,6 milhões do reporte anterior. Os estoques finais e as exportações também subiram ficando em, respectivamente, 1,32 milhões e 17 milhões de toneladas.
Já para os EUA, mudanças mais sutis. Os estoques finais norte-americanos foram corrigidos para cima e passaram a ser estimados em 46,66 milhões de toneladas, contra as 45,77 milhões de toneladas projetadas em janeiro. O uso do cereal para a produção de etanol, por outro lado, subiu e passou de 132,09 milhões para 132,72 milhões de toneladas. Já as exportações foram revisadas para baixo, caindo de 43,18 milhões para 41,91 milhões de toneladas na temporada 2015/16.
Ainda assim, pouco efeito. "O mercado de grãos em Chicago pouco se movimentaram depois dos números do USDA, com a soja e o milho, e também o trigo, mantendo as pequenas baixas antes e depois do boletim", disse o editor sênior do portal internacional Farm Futures, Bob Burgdorfer.
E embora o dia tivesse as atenções dos traders e investidores voltadas todas para o novo boletim do USDA, o mercado ainda sentiu, mais uma vez, a pressão vinda do mau humor do mercado financeiro. E assim, como explicam os analistas, cresce o sentimento de aversão ao risco entre os investidores, que buscam ativos mais seguros e deixam suas posições naqueles que serão mais arriscado, como as commodities agrícolas.
Nesta terça, as ações europeias voltaram a recuar e bateram no menor nível em mais de dois anos na sétima sessão consecutiva de quedas. Os grandes bancos internacionais estão na mira dos investidores e, portanto, gerando muita preocupação. "O índice teve a sétima queda seguida, a pior perda semanal desde 1998, com investidores preocupados com a ameaça à lucratividade dos bancos e força do capital de margens comprimida por taxas de juros", como noticiou a agência Reuters.