Milho: Sem novidades, preços trabalham na estabilidade na manhã desta 4ª feira em Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços futuros do milho operam na estabilidade no início do pregão desta quarta-feira (3). Por volta das 7h46 (horário de Brasília), o primeiro vencimento exibia ligeira alta, de 0,25 pontos, cotado a US$ 3,72 por bushel. Já o setembro/16 era negociado a US$ 3,85 por bushel, com queda de 1,50 pontos. As demais posições estavam estáveis.
Sem novas informações, o mercado dá continuidade à movimentação técnica. Ainda ontem, em mais um dia de volatilidade, os preços acabaram encerrando a sessão com ligeiras altas decorrentes de compras técnicas por parte dos investidores, conforme informou o site internacional Farm Futures. Os analistas ressaltam que os futuros da commodity têm trabalhado no intervalo de US$ 3,50 a US$ 4,00 por bushel.
Nesse momento, dois fatores têm a atenção dos participantes do mercado. O primeiro é a situação na Argentina, já que as chuvas retornaram para algumas regiões do país que estavam sofrendo com o tempo seco. Contudo, ainda é preciso avaliar o efeito das precipitações nas lavouras, uma vez que alguns especialistas apostam que para algumas áreas as chuvas não tenham sido suficientes. Além disso, a nova safra norte-americana continua em foco. Ainda não há certeza em relação à área que será cultivada com o milho na próxima temporada nos EUA.
Confira como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Mercado acompanha alta do câmbio e fecha em campo positivo pelo 2º dia consecutivo na BM&F Bovespa
Na BM&F Bovespa, as cotações do milho encerraram o pregão desta terça-feira (2) em campo positivo pelo 2º dia consecutivo. As cotações da commodity consolidaram a movimentação positiva exibida ao longo do dia e fecharam a sessão com valorizações entre 0,65% e 1,95%. O vencimento março/16 retomou o patamar de R$ 41,00, cotado a R$ 41,24 a saca. Já o maio/16 era negociado a R$ 38,95 a saca.
O dólar continua sendo uma variável importante e, mais uma vez, contribuiu para o impulso dos preços na bolsa brasileira. Por sua vez, a moeda norte-americana finalizou o dia a R$ 3,9860 na venda, com alta de 0,68%. Na máxima do pregão, o câmbio tocou o nível de R$ 4,0221 e R$ 3,9717 na mínima. Ainda segundo dados da agência Reuters, o dólar acabou permanecendo abaixo de R$ 4,00, reflexo do ambiente de aversão ao risco nos mercados mundiais frente à nova queda dos preços do petróleo.
Enquanto isso, no mercado interno a terça-feira foi de ligeira movimentação nos preços do cereal. Em São Gabriel do Oeste (MS), a cotação subiu 3,03%, com a saca a R$ 34,00, já em Tangará da Serra (MT), o ganho foi modesto, de 1,82%, com a saca do grão cotada a R$ 28,00. Na contramão desse cenário, o valor praticado no Porto de Rio Grande recuou 4,76% e a saca do milho fechou o dia a R$ 40,00. Nas demais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.
Contudo, as cotações continuam sustentadas no mercado doméstico, apesar de terem perdido força na semana anterior, ponderou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). O foco dos participantes do mercado permanece no andamento da colheita do milho primeira safra, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Além disso, o impacto dos leilões de venda dos estoques públicos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) é avaliado.
Ainda nesta segunda-feira (1), a entidade realizou duas operações com o volume total ofertado de 148 mil toneladas. Já a quantidade adquirida chegou a 125,9 mil toneladas. Hoje, a companhia informou que serão realizadas mais duas operações no próximo dia 16 de fevereiro, com volume total ofertado de 150 mil toneladas de milho. Ao todo, a entidade pretende negociar em torno de 500 mil toneladas do cereal dos estoques públicos.
Já as exportações fecharam o mês de janeiro com o volume embarcado de 4.458,5 milhões de toneladas, conforme levantamento da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). A média diária ficou em 222,9 mil toneladas do cereal. Em comparação com o mês anterior, a média representa uma queda de 21,8%, já que em dezembro/15 o número ficou em 284,9 mil toneladas do grão.
Bolsa de Chicago
Em mais uma sessão volátil, as cotações do milho negociadas Bolsa de Chicago (CBOT) finalizaram o dia com leves altas, próximas da estabilidade. As principais posições do cereal testaram os dois lados da tabela, porém, encerraram o pregão com ganhos entre 1,25 e 2,25 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,72 por bushel e o maio/16 a US$ 3,77 por bushel.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, ao longo do dia, as cotações foram influenciadas pelas informações do mercado financeiro e pela mais recente queda registrada nos preços do petróleo. Por volta das 17h45 (horário de Brasília), o barril do petróleo era cotado em queda em Nova York, negociado a US$ 30,05 o barril.
Por outro lado, os participantes do mercado ainda observam o comportamento do clima na Argentina. Recentes mapas climáticos indicavam pancadas de chuvas para o nordeste argentino, onde as condições de seca durante do período vegetativo têm deixado os produtores apreensivos. No entanto, a perspectiva é que a precipitação não tenha sido suficiente para algumas lavouras, que já estavam prontas para serem colhidas.
A nova temporada dos Estados Unidos também segue em pauta no mercado. "Ainda não há certezas em relação à área destinada ao milho nos EUA, uma vez que os custos de produção estão acima dos valores praticados atualmente no mercado", disse o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.