Milho: Sem novidades, preços trabalham na estabilidade na manhã desta 4ª feira em Chicago

Publicado em 03/02/2016 07:15

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços futuros do milho operam na estabilidade no início do pregão desta quarta-feira (3). Por volta das 7h46 (horário de Brasília), o primeiro vencimento exibia ligeira alta, de 0,25 pontos, cotado a US$ 3,72 por bushel. Já o setembro/16 era negociado a US$ 3,85 por bushel, com queda de 1,50 pontos. As demais posições estavam estáveis.

Sem novas informações, o mercado dá continuidade à movimentação técnica. Ainda ontem, em mais um dia de volatilidade, os preços acabaram encerrando a sessão com ligeiras altas decorrentes de compras técnicas por parte dos investidores, conforme informou o site internacional Farm Futures. Os analistas ressaltam que os futuros da commodity têm trabalhado no intervalo de US$ 3,50 a US$ 4,00 por bushel.

Nesse momento, dois fatores têm a atenção dos participantes do mercado. O primeiro é a situação na Argentina, já que as chuvas retornaram para algumas regiões do país que estavam sofrendo com o tempo seco. Contudo, ainda é preciso avaliar o efeito das precipitações nas lavouras, uma vez que alguns especialistas apostam que para algumas áreas as chuvas não tenham sido suficientes. Além disso, a nova safra norte-americana continua em foco. Ainda não há certeza em relação à área que será cultivada com o milho na próxima temporada nos EUA.

Confira como fechou o mercado nesta terça-feira:

Milho: Mercado acompanha alta do câmbio e fecha em campo positivo pelo 2º dia consecutivo na BM&F Bovespa

Na BM&F Bovespa, as cotações do milho encerraram o pregão desta terça-feira (2) em campo positivo pelo 2º dia consecutivo. As cotações da commodity consolidaram a movimentação positiva exibida ao longo do dia e fecharam a sessão com valorizações entre 0,65% e 1,95%. O vencimento março/16 retomou o patamar de R$ 41,00, cotado a R$ 41,24 a saca. Já o maio/16 era negociado a R$ 38,95 a saca.

O dólar continua sendo uma variável importante e, mais uma vez, contribuiu para o impulso dos preços na bolsa brasileira. Por sua vez, a moeda norte-americana finalizou o dia a R$ 3,9860 na venda, com alta de 0,68%. Na máxima do pregão, o câmbio tocou o nível de R$ 4,0221 e R$ 3,9717 na mínima. Ainda segundo dados da agência Reuters, o dólar acabou permanecendo abaixo de R$ 4,00, reflexo do ambiente de aversão ao risco nos mercados mundiais frente à nova queda dos preços do petróleo.

Enquanto isso, no mercado interno a terça-feira foi de ligeira movimentação nos preços do cereal. Em São Gabriel do Oeste (MS), a cotação subiu 3,03%, com a saca a R$ 34,00, já em Tangará da Serra (MT), o ganho foi modesto, de 1,82%, com a saca do grão cotada a R$ 28,00. Na contramão desse cenário, o valor praticado no Porto de Rio Grande recuou 4,76% e a saca do milho fechou o dia a R$ 40,00. Nas demais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.

Contudo, as cotações continuam sustentadas no mercado doméstico, apesar de terem perdido força na semana anterior, ponderou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). O foco dos participantes do mercado permanece no andamento da colheita do milho primeira safra, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Além disso, o impacto dos leilões de venda dos estoques públicos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) é avaliado.

Ainda nesta segunda-feira (1), a entidade realizou duas operações com o volume total ofertado de 148 mil toneladas. Já a quantidade adquirida chegou a 125,9 mil toneladas. Hoje, a companhia informou que serão realizadas mais duas operações no próximo dia 16 de fevereiro, com volume total ofertado de 150 mil toneladas de milho. Ao todo, a entidade pretende negociar em torno de 500 mil toneladas do cereal dos estoques públicos.

Já as exportações fecharam o mês de janeiro com o volume embarcado de 4.458,5 milhões de toneladas, conforme levantamento da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). A média diária ficou em 222,9 mil toneladas do cereal. Em comparação com o mês anterior, a média representa uma queda de 21,8%, já que em dezembro/15 o número ficou em 284,9 mil toneladas do grão.

Bolsa de Chicago

Em mais uma sessão volátil, as cotações do milho negociadas Bolsa de Chicago (CBOT) finalizaram o dia com leves altas, próximas da estabilidade. As principais posições do cereal testaram os dois lados da tabela, porém, encerraram o pregão com ganhos entre 1,25 e 2,25 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,72 por bushel e o maio/16 a US$ 3,77 por bushel.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, ao longo do dia, as cotações foram influenciadas pelas informações do mercado financeiro e pela mais recente queda registrada nos preços do petróleo. Por volta das 17h45 (horário de Brasília), o barril do petróleo era cotado em queda em Nova York, negociado a US$ 30,05 o barril.

Por outro lado, os participantes do mercado ainda observam o comportamento do clima na Argentina. Recentes mapas climáticos indicavam pancadas de chuvas para o nordeste argentino, onde as condições de seca durante do período vegetativo têm deixado os produtores apreensivos. No entanto, a perspectiva é que a precipitação não tenha sido suficiente para algumas lavouras, que já estavam prontas para serem colhidas.

A nova temporada dos Estados Unidos também segue em pauta no mercado. "Ainda não há certezas em relação à área destinada ao milho nos EUA, uma vez que os custos de produção estão acima dos valores praticados atualmente no mercado", disse o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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