Milho: Apesar da queda no dólar, preços exibem leves altas no pregão desta 2ª feira na BM&F
Após as perdas registradas na sessão da última sexta-feira (29), as cotações do milho negociadas na BM&F Bovespa iniciaram a semana com leves altas. Por volta das 11h13 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam ganhos entre 0,47% e 0,88%. O vencimento março/16 era cotado a R$ 40,20 a saca e o setembro/16 a R$ 36,75 a saca.
As cotações voltaram a subir apesar da queda registrada no dólar nesta segunda-feira (1). Perto das 11h30 (horário de Brasília), a moeda norte-americana era cotada a R$ 4,0147 na venda, com perda de 0,23%. É o terceiro dia de queda no câmbio e o volume negócios também é baixo, na véspera do fim do recesso parlamentar, informou o site G1.
Na última semana, as informações sobre os leilões de venda de estoques de milho da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), notícias sobre importação de dois navios do cereal para o Nordeste e o avanço da colheita da safra de verão contribuíram para esfriar os negócios, conforme destacam os analistas. No mercado interno, o movimento de forte alta nos preços perdeu forças na última semana de janeiro, porém, os valores continuam sustentados na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
"Vendedores se retraíram esperando novas altas, enquanto compradores seguiram relutantes em fechar novos negócios. Com isso, os preços no mercado físico se sustentaram, mesmo com a colheita avançando no Sul e Sudeste, pois o volume disponibilizado ainda é pequeno. Já os contratos futuros com vencimentos mais recentes sinalizam leve queda", divulgou o centro em nota.
Em relação aos leilões, a Conab já reportou o resultado da primeira operação realizada hoje. Das 40.326.387 mil toneladas ofertadas foram negociadas 98,52%, equivalente a 39.730,777 mil toneladas do cereal. E o valor mais alto foi para o lote 1, cerca de 556,473 toneladas de Campo Grande (MS), com o preço de R$ 31,20 a saca de 60 kg. O valor inicial estaca em R$ 23,10, mas com a disputa pelo cereal a cotação registrou alta de 35,06%.
Bolsa de Chicago
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento negativo ao longo do pregão desta segunda-feira. As principais posições do cereal exibiam perdas entre 3,50 e 4,25 pontos, por volta das 11h45 (horário de Brasília). O contrato março/16 era cotado a US$ 3,68 por bushel e o maio/16 a US$ 3,73 por bushel.
De acordo com informações das agências internacionais, o mercado segue atento aos dados da economia global. Ainda hoje, o petróleo voltou a cair em NY e, perto das 12h25, era negociado a US$ 32,48 o barril. Apesar das movimentações, os analistas destacam que o mercado ainda opera de forma lateralizada e em busca de novas informações. Com isso, as especulações sobre a nova temporada nos Estados Unidos continuam, uma vez que não há ainda definição sobre a área que será cultivada com o grão na safra 2016/17.
Além disso, outro fator que continua sendo observado pelos investidores é a demanda pelo produto norte-americano. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta novo boletim de embarques semanais. Na semana anterior, o número ficou em 599,765 mil toneladas do cereal até a semana encerrada no dia 21 de janeiro.