Milho: Depois das altas recentes, preços acompanham o dólar e recuam na BM&F nesta 6ª feira

Publicado em 22/01/2016 11:57

Na BM&F, as cotações futuras do milho operam do lado negativo da tabela na sessão desta sexta-feira (22). As principais posições do cereal exibiam quedas entre 0,25% e 0,44%, por volta das 11h59 (horário de Brasília). O vencimento março/16 era cotado a R$ 40,70 a saca, já o maio/16 negociado a R$ 38,75 a saca.

Os preços do cereal recuam acompanhando a queda registrada no dólar hoje. Perto das 12h24 (horário de Brasília), a moeda norte-americana era negociada a R$ 4,1247 na venda, com perda de 0,98%. O câmbio é pressionado pela reação nos preços do petróleo e também na expectativa de novos estímulos econômicos na zona do euro, depois de ter encerrado o dia anterior na maior cotação da história do real, a R$ 4,16.

Bolsa de Chicago

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento positivo ao longo do pregão desta sexta-feira (22). Por volta das 11h45 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam ganhos entre 3,00 e 3,50 pontos. O contrato março/16 era cotado a US$ 3,70 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,67 por bushel. Já o vencimento maio/16 era negociado a US$ 3,75 por bushel.

Segundo informações do site internacional AgWeb, as cotações do cereal encontram suporte na reação dos preços do petróleo e os dados da China. As ações chinesas encerraram a sessão de hoje em alta, com a sustentação na recuperação das ações globais e dos preços do petróleo. Perto das 12h21 (horário de Brasília), era cotado a US$ 31,50 o barril.

Paralelamente, as cotações também encontram impulso no boletim de vendas para exportação, divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana que terminou em 14 de janeiro, os EUA venderam 1.157,7 milhão de toneladas de milho da safra 2015/16, volume 73% maior do que o registrado na semana anterior e 91% superior à média das últimas quatro semanas. O México foi o principal comprador do cereal norte-americano, adquirindo 466,9 mil toneladas. No acumulado da temporada, as vendas já somam 22.401,0 milhões de toneladas, 27% menores do que no mesmo período do ano anterior.

O USDA informou ainda a venda de 189 mil toneladas da safra 2016/17, levando as vendas semanais a totalizarem 1.346,7 milhão de toneladas, acima das expectativas que variavam de 600 mil a 900 mil toneladas.

Ainda ontem, as cotações foram pressionadas pela fraqueza do mercado americano de etanol, segundo dados das agências internacionais. Conforme dados da AIE (Agência de Informação de Energia), a produção de etanol ficou em 983 mil barris diários, na semana encerrada no dia 15 de janeiro. O número representa uma queda de 1,9% em relação ao volume divulgado na semana anterior, de 1,003 milhão de barris diários. Já os estoques subiram de 21,3 milhões para 21,9 milhões de barris no mesmo período, um aumento de 2,8%.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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