Milho: A alta do câmbio contribui e preços registram nova alta no pregão desta 5ª feira na BM&F Bovespa
As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa operam do lado positivo da tabela nesta quinta-feira (21). Por volta das 12h34 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam valorizações entre 0,76% e 1,60%. O vencimento março/16 era cotado a R$ 41,30 a saca, depois de encerrar o dia anterior a R$ 41,00 a saca. Já o maio/16 era cotado a R$ 39,40 a saca.
Os preços da commodity acompanham, mais uma vez, a movimentação cambial. A moeda norte-americana era cotada a R$ 4,1642 na venda, com alta de 1,44%, por volta das 12h29 (horário de Brasília). Segundo dados do site G1, o dólar trabalha com forte alta, após a decisão do Copom em manter os juros em 14,25% ano. E frente às preocupações com o crescimento da economia da China e a queda do petróleo, os investidores buscam ativos mais seguros.
Enquanto isso, no porto de Rio Grande, a referência de preço de milho está em R$ 38,20 a saca nesta quinta-feira. E no mercado interno, as cotações continuam sustentadas. "Os atuais patamares de preços do milho têm surpreendido até mesmo os vendedores mais otimistas, após um ano de oferta recorde em que o excedente doméstico se aproximou de 41 milhões de toneladas. Segundo pesquisadores do Cepea, com o dólar valorizado, as exportações seguem elevadas desde outubro/15, o que tem consolidado o Brasil como segundo maior exportador de milho", informou o Cepea em nota.
Consequentemente, a perspectiva é que os estoques nacionais sejam menores ao final desta temporada, em 31 de janeiro. O que associado às expectativas de menor oferta na safra 2015/16 contribuem para a disparada dos preços internos. Em reais, os atuais patamares são os maiores desde meados de 2013 ou do primeiro trimestre de 2014, a depender da região, ainda de acordo com dados do centro de pesquisa.
Bolsa de Chicago
Em Chicago, os futuros do milho ainda operam em campo positivo nesta quinta-feira (21). Por volta das 13h11 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam valorizações entre 0,50 e 1,25 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,69 por bushel, já o maio/16 a US$ 3,74 por bushel.
O mercado ainda trabalha de maneira técnica e tenta consolidar o 3º dia consecutivo de alta. Conforme dados dos sites internacionais, os investidores continuam cobrindo as posições as vendidas. Além disso, o anuncio da venda de 243,100 mil toneladas do grão para o México contribuiu para dar suporte aos preços nesta quarta-feira, conforme dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Por outro lado, o foco permanece na próxima safra norte-americana. Essa semana, a Informa Economics estimou a área do cereal em 35,96 milhões de hectares. A projeção ficou abaixo do indicado em dezembro, de 35,99 milhões de hectares. Na safra 2015/16, a área total semeada com o grão ficou em 35,61 milhões de hectares e a produção em torno de 345,48 milhões de toneladas, conforme último boletim de oferta e demanda do USDA.