Milho: Com o impulso do dólar, preços voltam a subir no pregão desta 4ª feira na BM&F Bovespa
As cotações do milho negociadas na BM&F Bovespa voltaram a subir nesta quarta-feira (20). As principais posições do cereal registravam ganhos entre 0,12% e 0,74%, por volta das 12h20 (horário de Brasília). O vencimento março/16 era cotado a R$ 41,40 a saca, depois de ter fechado o pregão anterior a R$ 41,30 a saca. O contrato maio/16 era negociado a R$ 39,44 a saca.
Mais uma vez, os preços do milho acompanham a valorização cambial. Perto das 12h00 (horário de Brasília), a moeda norte-americana era negociada a R$ 4,0829 na venda, com alta de 0,69%. Na máxima do dia, o dólar tocou o patamar de R$ 4,1006, maior nível intradia desde 29 de setembro, quando atingiu R$ 4,1551. De acordo com informações da agência Reuters, o câmbio encontra suporte na aversão ao risco nos mercados globais frente à nova queda nos preços do petróleo.
Bolsa de Chicago
Ao longo das negociações desta quarta-feira (20), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) reduziram as perdas, mas mantêm o tom negativo. Por volta das 11h45 (horário de Brasília), os principais vencimentos do cereal exibiam quedas entre 0,75 e 1,50 pontos. O contrato março/16 era cotado a US$ 3,66 por bushel, mesmo patamar observado no início do pregão.
As agências internacionais destacam que, nesse momento, não há informações que possam elevar as cotações do cereal. "Nesta terça-feira, os preços subiram em um movimento técnico de cobertura de posições vendidas por parte dos investidores, com a retomada dos negócios depois do feriado de segunda-feira (18) no país, em comemoração ao feriado de Martin Luther King Jr.", informou o site internacional Business Recorder.
Enquanto isso, os participantes do mercado seguem atentos ao comportamento dos preços do petróleo. Hoje, o barril é cotado abaixo do patamar de US$ 29,00. Além disso, as informações de demanda pelo produto norte-americano também seguem em pauta. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 243,100 mil toneladas do grão ao México. O volume será entregue na temporada 2015/16. Essa é a segunda operação divulgada essa semana. Ontem, 110,5 mil toneladas do cereal foram negociadas para destinos desconhecidos.
Já os embarques semanais ficaram em 581,479 mil toneladas na semana encerrada no dia 14 de janeiro. Apesar de o número ter ficado dentro das expectativas do mercado, entre 450 mil a 600 mil toneladas, o acumulado na temporada segue abaixo do registrado no ciclo anterior. Com isso, os participantes do mercado seguem atentos na demanda pelo produto norte-americano e também no planejamento da próxima safra no país.