Área de milho safrinha deve crescer 9%, estima consultoria

Publicado em 20/01/2016 06:13

A Agroconsult estimou nesta terça-feira, 19, que a segunda safra de milho (safrinha) 2015/16 deve ocupar 10,5 milhões de hectares, incremento de 9% ante 2014/15. A produção alcançará 57,7 milhões de toneladas (+6%). Já a área de safra verão (primeira safra) foi de 5,66 milhões de hectares, 8% menor que a semeada na temporada anterior. A colheita foi estimada em 27,91 milhões de toneladas (-7%).

No lançamento do Rally da Safra 2016, expedição que começa no fim deste mês, o sócio-diretor da Agroconsult, André Pessôa, disse que áreas de milho verão no Piauí, Maranhão e Bahia estão em pior condição que no mesmo período do ano passado, devido à falta de chuvas. Mas, segundo ele, ainda é cedo para esperar queda de produção - até a semana passada produtores dessas regiões ainda estavam plantando. Por outro lado, as lavouras de milho no Sul do País, onde não faltou umidade, devem ter produtividade igual ou superior à de 2015, conforme a consultoria.

Pessôa disse que o cenário para a comercialização do milho no Brasil dependerá em grande parte do desempenho da safrinha 2016. Lembrou que as condições de plantio podem ser menos favoráveis neste ano em que o El Niño perde força e o La Niña é esperado. Isso gera incerteza sobre o desempenho "espetacular" dos últimos anos.
 
"Mapas climáticos estão apontando que não vamos ter a mesma chuva de maio e junho do ano passado", disse o consultor. "A chuva deve ir até abril, depois podemos ter redução." Ele acrescenta que com o atraso da semeadura da soja precoce, o plantio de milho safrinha deve se estender até 20 de março. "Portanto teremos uma janela mais estendida." Ainda assim, enfatizou, os preços remuneradores do cereal deverão ser um incentivo ao produtor, apesar do risco climático.

A consultoria espera que o Brasil colha nas duas safras de milho 85,6 milhões de toneladas, ante 84,7 milhões de toneladas em 2014/15. Apesar da maior oferta, o volume disponível para o mercado interno tende a ser menor por causa da exportação recorde em 2015, que enxugou o estoque de passagem. "Não descartamos importação de milho dos Estados Unidos para o Brasil no segundo semestre", afirmou.

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Fonte: DBO

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