Milho: Na BM&F, preços têm nova alta e janeiro/16 supera os R$ 43,00/sc no pregão desta 6ª feira
Com o suporte do dólar, as cotações do milho negociadas na BM&F Bovespa voltaram a trabalhar em campo positivo no pregão desta sexta-feira (15). As principais posições da commodity exibiam valorizações entre 0,14% e 1,01%, por volta das 12h34 (horário de Brasília). O vencimento janeiro/16 era cotado a R$ 43,16 a saca. Já o março/16 voltou a ser cotado a R$ 42,00 a saca. Apenas o vencimento setembro/16 era cotado a R$ 37,20 a saca, com queda de 1,59%.
Já a moeda norte-americana exibia alta de mais de 1,17%, próximo das 12h39 (horário de Brasília), cotado a R$ 4,0451 na venda. Na máxima do dia, o câmbio já tocou o patamar de R$ 4,0678. Segundo dados do site G1, o câmbio encontra sustentação na queda nos preços do petróleo e na nova queda registrada nas ações chinesas.
Enquanto isso, no mercado doméstico as cotações seguem firmes. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Bitencourt Lopes, as cotações do cereal subiram em média 35,49% no mercado doméstico no período comparativo de 7 a 14 de janeiro dos anos de 2015 e 2016. Em Paranaguá, a valorização é ainda mais expressiva e chega a 45,51%, no mesmo período.
O cenário é decorrente das exportações, que permanecem fortes e, contribuiu para enxugar a oferta do mercado doméstico. Os analistas apostam em um volume exportado nesta temporada próximo de 35 milhões de toneladas. Número muito acima do recorde brasileiro obtido em 2013, com 26,6 milhões de toneladas embarcadas.
Bolsa de Chicago
Durante a sessão desta sexta-feira (15), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) exibem ligeiras movimentações. Por volta das 13h02 (horário de Brasília), as principais posições do cereal registravam leves quedas, de 0,50 e 0,75 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,57 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,56 por bushel. O contrato maio/16 era negociado a US$ 3,62 por bushel.
As informações do noticiário internacional dão conta de que o mau humor registrado no mercado global acaba influenciando as negociações. Ainda hoje, as cotações do petróleo registram nova queda e já trabalham abaixo dos US$ 30,00 por barril. Os preços acumulam perdas de 10% na semana e renovou as mínimas de mais de 13 anos. E, por enquanto, a perspectiva de aumento na oferta do Irã, pode elevar ainda mais os estoques mundiais.
Por outro lado, ainda faltam dados que possam alavancar as cotações do cereal. É difícil comentar a situação porque não há nada acontecendo no mercado. “As vendas para exportação precisam ser maiores para alcançarem as estimativas de demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), porém, simplesmente não vejo isso acontecendo", disse o analista de grãos da EHedger LLC, Dustin Johnson, em entrevista ao Agriculture.com.
Ainda nesta quinta-feira, o departamento indicou as vendas para exportação em 669,2 mil toneladas de milho na semana encerrada no dia 7 de janeiro. Apesar de ter ficado acima das projeções dos investidores, no total acumulado da temporada, as vendas estão 25% abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior. Até o momento, cerca de 21.243,3 milhões de toneladas já foram vendidas.