Milho: Na BM&F, preços são influenciados pelo câmbio e sobem mais de 2,5%; mar/16 bate os R$ 40/sc
Os preços do milho negociados na BM&F Bovespa trabalham em campo positivo no pregão desta quinta-feira (7). As principais posições do cereal registravam altas de mais de 2,5%, por volta das 13h27 (horário de Brasília). O vencimento janeiro/16 era cotado a R$ 39,97 a saca e o março/16 a R$ 40,37, com valorização de 2,59%. O contrato maio/16 exibia ganho de 2,60%, a R$ 39,45 a saca.
Mais uma vez, a alta do dólar contribuiu para o movimento positivo na bolsa brasileira. A moeda norte-americana era cotada a R$ 4,0435 na venda, com ganho de 0,55%, por volta das 12h21 (horário de Brasília). Na máxima da sessão, o dólar já tocou o patamar de R$ 4,0745 e ganho de mais de 1%. Segundo dados da agência Reuters, o movimento positivo é decorrente das preocupações da economia da China e os reflexos na economia global.
Bolsa de Chicago
No pregão desta quinta-feira (7), as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento negativo. Por volta das 13h17 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam perdas entre 1,75 e 2,25 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,51 por bushel, mesmo patamar registrado no início do dia. Já o maio/16 era negociado a US$ 3,56 por bushel.
Diante da falta de novidades, que possam impulsionar os preços do cereal, o mercado voltou a trabalhar do lado negativo da tabela. "O mercado ainda precifica a recuperação dos estoques e está focado no quadro norte-americano. As exportações americanas continuam péssimas e a demanda ainda não se concentrou no milho americano, sem contar que os compradores absorveram muito produto brasileiro. Então o mercado tem dificuldade em mudar o padrão de preços, por isso, precisamos de um fato novo. Paralelamente, temos o dólar forte no cenário internacional e com possibilidade de nova alta na taxa de juros no primeiro semestre de 2016, o que afeta o mercado de commodities", explica o analista de mercado da Safras & Mercado, Paulo Molinari.
Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou novo boletim de vendas para exportação. No caso do cereal, mais uma vez, as vendas da safra 2015/16 ficaram abaixo das estimativas dos investidores que giravam entre 400 mil a 600 mil toneladas e totalizaram 252,9 mil toneladas na semana encerrada no dia 31 de dezembro.
Segundo dados do site internacional Pro Farmer, o número representa uma queda de 36% em relação à semana anterior e 39% em comparação com a média das últimas 4 semanas. As vendas continuam cerca de 25% do registrado no mesmo período do ano anterior.
Além disso, os investidores já começam a voltar suas atenções às intenções de plantio da próxima safra americana. "O produto americano precisa do vencimento dezembro/16 a pelo menos em torno US$ 4,20 por bushel, para estimular o investimento no plantio do grão", destaca o analista.
Enquanto isso, os investidores seguem atentos às informações do mercado financeiro. Nesta quinta-feira, as bolsas na China caíram mais de 7% e, mais uma vez, tiveram a sessão interrompida. De acordo com informações de agências internacionais, o movimento foi ocasionado pela decisão do Banco Central do local de desvalorizar em 0,51% a taxa de câmbio do país.
Já os preços do petróleo recuaram novamente e já acumulam desvalorização de 12% em 2016. No mesmo período do ano passado, a queda foi de 8,7%. Já no total de 2015, a desvalorização ficou em 30%. O excesso de oferta pressiona os preços e barril é cotado próximo dos US$ 33,00 em Nova York.