Milho: Preços acompanham o dólar e exibem valorização de mais de 1% no pregão desta 6ª feira na BM&F
Com o suporte do câmbio, as cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa operam em campo positivo nesta sexta-feira (11). Por volta das 12h41 (horário de Brasília), as principais posições do cereal registravam valorizações de mais de 1%. O vencimento setembro/16 era cotado a R$ 36,50/sc.
Por sua vez, a moeda norte-americana era negociada a R$ 3,8832 na venda, com alta de 2,17%. De acordo com informações do site G1, o câmbio reflete o ambiente de aversão ao risco nos mercados externos frente às preocupações com a desaceleração da economia da China. As notícias de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, teria ameaçado deixar o governo se a meta de superávit primário de 2016 for zerada pelo Congresso também contribui para a formação do cenário.
Bolsa de Chicago
Durante as negociações desta sexta-feira (11) na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho já testaram os dois lados da tabela, porém, sem variações expressivas. As principais posições da commodity exibiam perdas entre 0,50 e 0,75 pontos, por volta das 12h34 (horário de Brasília). O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,76 por bushel, mesmo patamar registrado no início do pregão.
O mercado voltou a operar bem próximo da estabilidade, após fechar o dia anterior com ganhos entre 4,50 e 5,50 pontos. Nesta quinta-feira, os preços do milho foram sustentados pelos bons números das vendas para exportação, relatório divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana encerrada no dia 3 de dezembro, as exportações norte-americanas ficaram em 1.097,100 milhão de toneladas, contra a expectativa dos investidores entre 450 mil a 650 mil toneladas.
Em comparação com a semana anterior, o número subiu expressivamente e em comparação com a média das últimas quatro semanas, a valorização é de 11%. O com o novo reporte o volume comprometido chega a 18,17 milhões de toneladas, mas ainda assim, as vendas estão 23% abaixo do registrado em igual período do ano anterior, ainda de acordo com informações reportadas pelo site internacional Pro Farmer.
Outro fator observado pelo mercado nesta sexta-feira é o preço do petróleo. Segundo informações do site Investing.com, o petróleo para entrega em janeiro abriu o pregão de hoje com queda de 1,14%, cotado a US$ 36,34 o barril. No início da semana, o petróleo foi um dos fatores que acabou pressionando os preços do cereal.
Enquanto isso, a situação na América do Sul continua no foco dos participantes do mercado. Especialmente em relação ao Brasil, há especulações em relação às condições das lavouras do grão. Ainda essa semana, o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, destacou que as plantações estão com potencial produtivo menor, principalmente no Sul do Brasil. Com o excesso de chuvas e falta de luminosidade, as folhas do baixeiro estão amareladas.