Milho: Com vendas acima das expectativas nos EUA, mercado mantém tom positivo na sessão desta 5ª feira na CBOT
As cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento positivo no pregão desta quinta-feira (10). Por volta das 13h13 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam ganhos entre 2,50 e 4,00 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,76 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,73 por bushel.
O mercado voltou a mostrar altas mais consistentes após a divulgação dos números das vendas para exportação, do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana encerrada no dia 3 de dezembro, as vendas de milho somaram 1.097,100 milhão de toneladas no total. Da safra 2015/16, o número foi de 1.095,300 milhão de toneladas e da safra 2016/17, as vendas totalizaram 1.800 mil toneladas.
O volume ficou bem acima das expectativas dos participantes do mercado, entre 450 mil a 650 mil toneladas. Em relação à semana anterior, o número subiu expressivamente e em comparação com a média das últimas quatro semanas, a valorização é de 11%. Ainda assim, as vendas estão 23% abaixo do registrado em igual período do ano anterior, ainda de acordo com informações reportadas pelo site internacional Pro Farmer.
Ainda ontem, o USDA divulgou novo boletim de oferta e demanda, que foi considerado neutro para a cultura. O órgão elevou os números dos estoques finais do grão nos EUA de 44,701 milhões para 45,34 milhões de toneladas. O volume do cereal destinado à produção de etanol também foi revisado para cima e passou de 131,45 milhões para 132,09 milhões de toneladas.
Em contrapartida, o departamento reduziu a projeção para a safra mundial de milho, de 974,87 milhões para 973,87 milhões de toneladas. Já os estoques globais apresentaram ligeira modificação e caíram de 211,91 milhões para 211,85 milhões de toneladas.
Paralelamente, a situação continua sendo observada na América do Sul. As safras do Brasil e da Argentina permanecem no foco dos investidores. E no caso do país vizinho, a promessa feita pelo presidente eleito, Maurício Macri, a retirada das tarifas para exportação também, uma que a situação pode estimular um aumento na área destinada à cultura ainda nesta temporada.