Milho: Preços acompanham alta do dólar e registram ligeiros ganhos nesta 2ª feira na BM&F Bovespa
Diante da valorização do dólar observada nesta segunda-feira (23), os futuros do milho negociados na BM&F Bovespa testam uma recuperação. As principais posições do cereal exibiam ganhos entre 0,70% e 0,90%, por volta das 11h45 (horário de Brasília). O vencimento janeiro/16 era cotado a R$ 34,80 a saca. Apenas o contrato setembro/16 registrava leve queda, de 0,59%, cotado a R$ 34,00/sc.
Por sua vez, a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,7277 na venda, com ganho de 0,83%, por volta das 11h49 (horário de Brasília). Ainda de acordo com dados do site G1, o dólar acompanha os mercados externos frente às persistentes preocupações com a desaceleração da economia da China, que, por sua vez, vem reduzindo a demanda por ativos de mercados emergentes.
Os analistas ainda reforçam que o câmbio tem sido a principal variável de suporte aos preços do cereal. O dólar ainda tem contribuído para a competitividade do grão no cenário internacional e também para as exportações brasileiras. Em novembro, o acumulado nos 9 dias úteis indicam os embarques em 2,24 milhões de toneladas de milho, com média diária de 249,11 mil toneladas, conforme estimou a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
Bolsa de Chicago
As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento negativo nesta segunda-feira. Por volta das 11h43 (horário de Brasília), os vencimentos do cereal exibiam quedas entre 2,75 e 3,25 pontos. O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,60 por bushel.
Os participantes do mercado ainda aguardam novas informações que possam impulsionar os preços da commodity. Os produtores já finalizaram a colheita do cereal nos EUA e, nem mesmo a retenção por parte dos agricultores tem conseguido segurar as cotações do cereal. As vendas continuam em passos lentos, e a perspectiva é que cerca de 31,8% da safra tenha sido negociada até o último dia 12 de novembro.
Ainda na semana anterior, o IGC (Conselho Internacional de Grãos, na sigla em inglês) reduziu a sua projeção para a safra global de milho em 3 milhões de toneladas, para 967 milhões de toneladas nesta temporada. O ajuste foi feito devido aos problemas com a seca em lavouras da China, Etiópia e África do Sul.
Além disso, os investidores ainda aguardam as informações do boletim de embarques semanais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os números são importantes indicadores de demanda e podem influenciar o andamento das negociações no mercado internacional.